08/Fev/2022

Uma desaceleração prolongada no crescimento econômico da China pode prejudicar algumas empresas multinacionais e produtores de commodities nos próximos anos, lançando uma sombra sobre a recuperação global da pandemia. Depois de inicialmente liderar o mundo para fora da recessão no final de 2020 e início de 2021, a economia da China enfraqueceu consideravelmente recentemente. A Oxford Economics afirma que um dos maiores impactos da desaceleração da China será sobre os produtores de commodities, especialmente os mercados emergentes que dependem da demanda chinesa.

Segundo a Capital Economics, o impacto da desaceleração da China no crescimento econômico dos Estados Unidos provavelmente será imperceptível, dada a força atual do país. Mas, isso provavelmente significa receitas mais baixas para empresas norte-americanas que contam com o mercado da China. A Europa também está sentindo a desaceleração da China. A Volkswagen informou que suas vendas na China, seu maior mercado, caíram cerca de 37% no último trimestre de 2021 em relação ao ano anterior, enquanto as vendas na América do Norte se mantiveram melhores.

A economia geral da Alemanha desacelerou acentuadamente no quarto trimestre, o que os economistas atribuíram em parte à fraqueza da China, seu maior parceiro comercial. Entretanto, a desaceleração da China significa que há uma fonte a menos de inflação. Se a economia da China estivesse em alta, isso sobrecarregaria ainda mais as cadeias de suprimentos globais que já são incapazes de atender à demanda ocidental por semicondutores e outros bens e elevaria ainda mais os preços. O papel da China em ajudar a manter a inflação baixa não está garantido, no entanto.

Qualquer disseminação adicional da variante Ômicron, que foi detectada em várias cidades chinesas, pode levar a mais bloqueios e aumentar os preços de exportação. Há também o risco de que a economia da China possa desacelerar mais acentuadamente do que o esperado atualmente, especialmente se seu mercado imobiliário entrar em uma queda mais profunda e os investidores perderem a confiança nos mercados financeiros chineses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.