ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Fev/2022

Seguro Rural: custos de insumos elevam os valores

Segundo a BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil, o crescimento de 32,2%, no quarto trimestre de 2021, dos prêmios emitidos pela Brasilseg no ramo de seguro rural novamente foi impulsionado pelo maior custo dos insumos agrícolas, que se refletiu sobre o volume de crédito para a safra 2021/2022 e, consequentemente, sobre os valores segurados. Houve crescimento de prêmios nas três principais linhas do segmento. No seguro agrícola, a alta foi de 24,6%; no penhor rural, de 48,6%; em vida do produtor rural, de 28,3%. Todos os dados consideram a comparação com o quarto trimestre de 2020. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, porém, os prêmios emitidos em seguro rural caíram 18,7%, puxados pela baixa de 40,5% no ramo agrícola no período.

No acumulado do ano, a arrecadação da Brasilseg com o seguro rural subiu 35,5%, para R$ 5,335 bilhões. O ramo é o mais importante da companhia, que teve 60,9% do mercado no quarto trimestre. Apesar de a sinistralidade da Brasilseg ter recuado tanto no comparativo anual quanto no trimestral, os ramos agrícola e de penhor rural apresentaram alta no trimestre. No agrícola, a BB Seguridade afirma que o maior volume de avisos em dezembro elevou a taxa em 1,1%. A estiagem das culturas de soja e milho na Região Sul, reflexo do fenômeno La Niña, causou a elevação dos sinistros. Esse aumento foi parcialmente compensado pela reversão de provisões de sinistros a liquidar relativos à safra de milho do meio do ano, de R$ 28,2 milhões, valor já líquido de resseguro. Os avisos foram superiores à perda de fato registrada.

No penhor rural, houve deterioração da sinistralidade em decorrência de avisos de sinistros de colisão de tratores, colhedoras e veículos, e maior frequência e severidade de avisos relativos a vendavais. O mês de janeiro foi de maiores sinistros no seguro rural para a Brasilprev, e de volume estável no ramo vida, mesmo com a explosão de casos de covid-19 causada pela variante Ômicron. Hoje, observa-se em janeiro um volume maior de sinistros avisados no seguro rural. Fenômeno semelhante já havia sido registrado em meados do ano passado, quando a estiagem causou um salto nos sinistros devido a perdas em culturas como soja e café em Estados do Centro-Sul do País. Em dezembro, houve um volume alto de sinistros na Região Sul, também devido à seca.

Entretanto, é difícil estimar o quanto disso se traduzirá em uma sinistralidade maior no primeiro trimestre do ano, especialmente porque nem todos os sinistros comunicados se efetivam. Em muitos casos, a perda é menor do que a estimada inicialmente. A Brasilseg retém apenas cerca de 20% do risco do seguro rural. Considerado um ramo de grandes riscos, o rural em geral tem contratos ressegurados, o que dilui o impacto para a seguradora em caso de sinistro. A subvenção ao seguro rural perdeu espaço na composição dos prêmios da Brasilseg nos últimos anos. A subvenção rural representa cerca de 20% dos prêmios hoje. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.