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04/Fev/2022

Alimentos: sustentabilidade preocupa consumidor

Segundo a nova edição da pesquisa global FATitudes, realizada pela multinacional Cargill (dona das marcas Liza, Pomarola e Elefante), o brasileiro está mais preocupado com a sustentabilidade dos alimentos industrializados que consome. Em nível mundial, a preocupação também cresceu, mas o avanço foi maior entre os brasileiros. O levantamento, que ouviu 6 mil pessoas em 11 países, mostra que 55% dos consumidores estão mais propensos a comprar um alimento industrializado se identificarem uma ação de sustentabilidade, 4% acima do visto na edição anterior, realizada em 2019. Considerando apenas o Brasil, 74% se disseram mais propensos ante 61% na pesquisa de 2019. Em 2020, a pesquisa não foi realizada em decorrência da pandemia. Os brasileiros representaram 10% do total dos consumidores entrevistados na pesquisa, feita ao longo do ano passado com questionários online. O levantamento também perguntou se o consumidor verifica se o alimento industrializado tem apelo sustentável.

Em 2019, 63% dos consumidores brasileiros responderam que sim, e no ano passado esse número subiu para 71%. O brasileiro se mostrou, nestes dois anos, muito mais interessado nas questões ligadas à sustentabilidade. Por um lado, a pandemia contribuiu com isso porque trouxe a necessidade de revisar alguns hábitos e isso influenciou muito o estilo de vida e a decisão sobre o que consumir dentro e fora de casa. O fenômeno é global, mas no Brasil está mais expressivo, inclusive porque empresas como a Cargill têm desempenhado um papel fundamental na comunicação sobre os ingredientes usados em produtos que estão na gôndola. A pesquisa também trata de questões relacionadas às preocupações com a saúde por parte do consumidor. Indagados se monitoram níveis de gordura e óleo nos produtos que compram, 72% dos entrevistados brasileiros disseram prestar “muita atenção” nisso. Na edição anterior, eram 71%. Além disso, o levantamento perguntou se os consumidores prestam atenção ao tipo de óleo usado por um restaurante ou a quantidade presente de óleo no preparo/receita. Em 2021, 52% dos entrevistados brasileiros disseram que sim ante 50% em 2019.

A pesquisa indicou ainda que a presença de ômega-3 num alimento industrializado influencia a compra para 76% dos consumidores. Para 75%, a ausência de gordura saturada influencia a decisão de compra e para 74%, a sustentabilidade do produto. O objetivo da FATitudes é mapear mudanças no comportamento do consumidor ao redor do mundo. O levantamento é feito desde 2013 nos Estados Unidos, e a partir de 2019 incluiu mais 10 países: Brasil, Alemanha, Austrália, China, Filipinas, França, Índia, México, Reino Unido e Rússia. A mudança mais notável na última edição da FATitudes foi o aumento do interesse pela questão da sustentabilidade nos países pesquisados. Na Índia, por exemplo, 67% dos consumidores indicaram ser mais propensos a comprar alimentos industrializados que destacam ações de sustentabilidade, alta de 11% em relação a 2019. No Reino Unido, 51% dos consumidores disseram que dão mais ênfase à sustentabilidade, alta de 8%. Nos Estados Unidos também houve aumento, mas mais modesto: 37% em 2021 ante 31% na pesquisa de 2019. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.