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31/Jan/2022

Taxa de Desemprego recua no trimestre móvel

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada na sexta-feira (28/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,4%. No trimestre até outubro, a taxa de desocupação ficou em 12,1%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277 bilhões no trimestre até novembro, queda de 2,6% ante igual período do ano anterior. O País tinha 94,930 milhões de trabalhadores ocupados, entre formais e informais, no trimestre encerrado em novembro de 2021.

A população ocupada aumentou em 3,5% em um trimestre, o que indica a abertura de 3,205 milhões de postos de trabalho, entre formais e informais, na comparação com o trimestre móvel encerrado em agosto. Em relação a um ano antes, o total de ocupados cresceu 9,7%, indicando a criação de 8,357 milhões de postos de trabalho, entre formais e informais. Com isso, o nível de ocupação ficou em 55,1% no trimestre móvel até novembro, ante 50,8% um ano antes. Chama a atenção o fato de que a população na força de trabalho, somando ocupados e desocupados, somou 107,334 milhões de pessoas, contingente próximo do registrado no trimestre móvel terminado em fevereiro de 2020, o último antes de a Covid-19 chegar ao País. O País tinha 12,405 milhões de desempregados no trimestre encerrado em novembro de 2021. O total de desocupados caiu 10,6% em relação ao trimestre móvel terminado em agosto, com 1,469 milhão de pessoas a menos em busca de uma vaga.

Em relação ao trimestre móvel encerrado em novembro de 2020, o número de desempregados caiu 14,5%, com 2,109 milhões de pessoas a menos na fila do desemprego. A queda na taxa de desemprego nos últimos trimestres se deve tanto a condições relacionadas à pandemia, como o avanço da vacinação e a normalização do funcionamento de atividades econômicas, quanto à sazonalidade típica do fim do ano. Normalmente, por causa da contratação de temporários para atender o aumento da demanda nas festas de fim de ano, os últimos meses são marcados por melhorias no mercado de trabalho. Há a incidência da sazonalidade do período. O total de trabalhadores com carteira assinada ficou em 34,224 milhões de pessoas no trimestre móvel encerrado em novembro de 2021. A variação da população ocupada nessas condições aponta para a criação de 1,330 milhão de vagas no setor privado com carteira em um trimestre, avanço de 4,0% ante o trimestre móvel encerrado em agosto.

É a maior alta em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com um ano antes, são 2,645 milhões de trabalhadores com carteira assinada a mais, alta de 8,4%. Os dados são diferentes, tanto em termos de metodologia quanto de período de referência, das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo de responsabilidade do recém-recriado Ministério do Trabalho, previstos para serem divulgados nesta semana. De qualquer forma, a criação de vagas com carteira assinada já está puxando a expansão da ocupação. Em um trimestre, as vagas tidas como informais responderam por 43% da expansão total da população ocupada. Nos primeiros meses da retomada do mercado de trabalho, a participação dos postos informais na expansão da ocupação chegou a ficar entre 70% e 80%.

A expansão do emprego com carteira foi puxada pela indústria, pelo comércio e pela atividade de alojamento e alimentação, um dos mais atingidos pela crise causada pela Covid-19 e, portanto, um dos últimos setores a se recuperar. Embora o peso dos empregos informais no avanço da ocupação tenha sido menor no trimestre móvel encerrado em novembro de 2021, o contingente de trabalhadores em ocupações tidas como informais se aproximou do recorde registrado no fim de 2019. No trimestre até novembro de 2021, o País tinha 38,578 milhões de trabalhadores informais, ante 38,845 milhões em igual período de 2019. Com isso, a taxa de informalidade ficou em 40,6%, ante 40,7% em igual trimestre móvel de 2019. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em agosto de 2021, foram criadas 1,372 milhão de vagas informais, um avanço de 3,7%.

Em relação a igual trimestre móvel de 2020, são 5,037 milhões a mais de ocupados em vagas informais. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, as ocupações informais responderam por 43% do total da expansão da ocupação. O número de trabalhadores por conta própria, que normalmente trabalham na informalidade, ficou em 25,841 milhões de pessoas, renovando o recorde da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o número de ocupados por conta própria cresceu em 588 mil pessoas, avanço de 2,3%. Na comparação com o trimestre móvel até novembro de 2020, são 3,232 milhões de trabalhadores por conta própria a mais, alta de 14,3%. Os empregos informais tiveram papel crucial na recuperação da ocupação durante a pandemia, puxando a geração de vagas, especialmente nos primeiros meses após o impacto inicial da Covid-19.

Agora, nos trimestres móveis do fim de 2021, a geração de ocupações formais ganhou força. Após o impacto inicial, nos primeiros trimestres de 2020, a ocupação informal era que estava realmente puxando a recuperação. Agora, já se percebe que há uma participação maior também do emprego com carteira, que passou por uma certa inércia no início, mas, ultimamente, vem crescendo. O mercado de trabalho ainda não atingiu a situação anterior à pandemia completamente, por exemplo, quando se analisa o contingente de trabalhadores com carteira assinada ou o total de ocupados em algumas atividades específicas, como alojamento e alimentação. Mesmo assim, o fim de 2021 foi marcado por uma "consolidação" da recuperação do mercado de trabalho, com criação de vagas generalizada entre as atividades econômicas e de empregos formais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.