31/Jan/2022

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), que apresentou ontem a primeira Previsão Subjetiva de Safra (PSS) deste ano, os produtores rurais do Paraná devem registrar prejuízo entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões na atual safra 2021/2022. No Estado, o maior efeito para a redução de produção e perda de renda é essencialmente o climático, com a estiagem forte iniciada em 2019, aliada ao calor intenso tanto no ambiente quanto no solo.

A expectativa é de redução em 39% na produção de soja no Estado para a safra 2021/2022, em relação ao potencial inicial. A PSS deste ano aponta também que, no caso do milho safra de verão (1ª safra 2021/2022), as perdas estão em 36%, enquanto o feijão terá 31% a menos na produção em relação à projeção inicial. As perdas já provocam efeito negativo no Produto Interno Bruto (PIB), considerando que o agronegócio é a base da economia do Paraná.

A soja corresponde a mais de 90% da área plantada com grãos no estado do Paraná. Qualquer redução de produção influencia diretamente na economia local e regional, pois o Paraná é um Estado ligado ao agronegócio. Até o momento, há perda de mais de 8 milhões de toneladas de soja, ou 39% do previsto inicialmente, que era de pouco mais de 21 milhões de toneladas. Em relação ao milho, o cenário climático adverso também provocou perdas irreversíveis para os produtores da safra de verão (1ª safra 2021/2022).

Em relação ao potencial produtivo de 4,3 milhões de toneladas, que tinha sido previsto inicialmente, a baixa já ultrapassa 1,6 milhão de toneladas (36% a menos). Com isso, as lavouras devem render, de acordo com os dados atuais, 2,7 milhões de toneladas. Isso representa redução de 13% em relação ao produzido na safra 2020/2021. Em termos financeiros, o campo deixa de movimentar cerca de R$ 2,3 bilhões com esse cereal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.