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26/Jan/2022

FMI reduz a projeção para o PIB global em 2022

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que as projeções para a economia global neste ano estão sujeitas a elevada incerteza e os riscos em geral são de baixa. Podem surgir variantes da Covid-19 mais mortíferas, prolongando a crise, e a estratégia da China de "Covid zero" pode exacerbar problemas nas cadeias de produção global, enquanto o estresse financeiro no setor imobiliário chinês poderá se disseminar para a economia em sentido mais amplo. Nesse quadro, o crescimento global está previsto em 4,4% em 2022 (em outubro de 2021 esperava alta de 4,9%). A expectativa para 2023 é de avanço de 3,8% (de 3,6% anteriormente). Como riscos no horizonte, pode-se citar também a inflação nos Estados Unidos, que pode ficar acima do previsto, dando margem a um aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e contendo fortemente as condições financeiras globais. Crescentes tensões geopolíticas e distúrbios sociais também são riscos mencionados. A revisão para o crescimento global neste ano é fruto sobretudo de mudanças na expectativa para Estados Unidos e China.

Quanto aos Estados Unidos, há menores perspectivas para o pacote fiscal "Build Back Better" e retirada mais cedo de medidas extraordinárias na política monetária dos Estados Unidos, além da continuação de problemas do lado da oferta. No caso da China, o consumo privado se recupera em ritmo mais fraco que o previsto e o setor imobiliário enfrenta dificuldades. O FMI ainda revisou para cima expectativas para a inflação em 2022, seja entre os avançados ou nos mercados emergentes. As pressões sobre os preços devem persistir por mais tempo, enquanto desequilíbrios entre oferta e demanda diminuirão ao longo de 2022, baseando-se nas expectativas da indústria de gradual reequilíbrio entre bens e serviços e da melhora na oferta. Também é feito um alerta para a divergência na retomada. As economias avançadas devem retomar a tendência pré-pandemia neste ano, mas vários emergentes e economias em desenvolvimento devem ter perda considerável de produção no médio prazo. O número de pessoas em pobreza extrema em 2021 era cerca de 70 milhões superior às tendências pré-pandemia, em um revés de vários anos na luta contra a redução da pobreza.

A autoridade vê ainda a política monetária em momento crucial na maioria dos países. Naqueles em que a inflação é disseminada e há recuperação forte, como nos Estados Unidos, ou em que a inflação é elevada e corre o risco de se enraizar, como em alguns emergentes, o apoio extraordinário da política monetária deve ser retirado. É importante comunicar bem a transição nessas políticas para um aperto monetário, a fim de garantir uma reação ordenada dos mercados. Nesse quadro de aperto monetário, mercados emergentes com grandes empréstimos em moeda estrangeira e elevada necessidade de financiamento externo devem se preparar para possíveis turbulências nos mercados financeiros, ao estender os vencimentos de dívida quando for factível e conter desalinhamentos cambiais. Em alguns casos, intervenção cambial e medidas temporárias para gerenciar o fluxo de capital podem ser necessárias para dar à política monetária espaço para se concentrar nas condições domésticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.