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25/Jan/2022

Economia brasileira mostra-se frágil ante às demais

É notória a fragilidade da economia brasileira na comparação com o desempenho das maiores economias do mundo ou com a evolução dos demais países da América Latina. A inflação brasileira em 2021, de 10,06%, foi a terceira mais alta entre as principais economias mundiais. Nesse campo, o Brasil só perde para a Argentina e para a Turquia, países que enfrentam dificuldades excepcionais na economia ou na política. Quanto ao crescimento, o quadro brasileiro é ainda mais preocupante. Numa região para a qual as previsões são bem menores do que para o restante do mundo, as expectativas são ainda piores para o Brasil. As estimativas para as economias avançadas são de crescimento de 4,2% em 2022. O crescimento médio da América Latina neste ano deve ser de 2,1%, de acordo como o Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2021 feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à ONU. Já o Brasil deverá crescer apenas 0,5%.

Pesquisas semanais do Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País mostram queda constante nas previsões para o crescimento da economia em 2022. As mais recentes já estão abaixo de 0,5%. Problemas que os países latino-americanos tiveram de enfrentar desde o início da pandemia continuam a desafiar os governos da região. Outros podem ter surgido, tornando ainda mais difícil a retomada do crescimento em ritmo mais intenso. A persistência da pandemia e sua evolução com o surgimento de novas cepas, a forte desaceleração do crescimento, o baixo nível de investimentos, a estagnação da produtividade, a lenta recuperação do emprego, a persistência ou agravamento de desigualdades sociais por causa da Covid-19, a redução da capacidade financeira dos governos, o aumento das pressões inflacionárias são problemas conhecidos dos brasileiros e que se estendem por toda a região. São igualmente conhecidos os meios para enfrentar esse conjunto de dificuldades.

A combinação sensata de políticas monetária (para conter a inflação) e fiscal (para estimular o crescimento sem gerar desequilíbrios) é a mais óbvia deles. Colocar os países latino-americanos nesse rumo exigirá competência, firmeza e racionalidade dos governantes, sobretudo num ambiente marcado por baixo crescimento, riscos cambiais, queda de demanda internacional, entre outros problemas. É necessária uma visão estratégica do gasto público que vincule as demandas de curto prazo com investimentos de longo prazo e que contribua para o fechamento das lacunas sociais. São recomendações que, se seguidas, contribuirão para atenuar as muitas dificuldades por que passam as populações latino-americanas. Deverá haver na região governos sensíveis a questões como essas. Não é, lamentavelmente, o caso do Brasil, cujo governo é chefiado por um velho político que, interessado apenas em proteger a si, seus familiares e apoiadores extremistas, ignora os dramas que seu desgoverno causa a milhões de brasileiros, agravando-os. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.