21/Jan/2022

Segundo o Ministério da Agricultura, os resultados do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do governo federal foram recordes no ano passado. Em 2021, o governo destinou R$ 1,18 bilhão ao programa e área segurada somou 14 milhões de hectares, disse. No ano, 121.220 produtores acessaram o programa com 217.934 apólices. Foi mantido o percentual de cobertura da soja em 20% e, com isso, foi possível ampliar o leque de produtores cobertos pelo seguro.

O valor segurado no ano passado foi de R$ 68,3 bilhões. O prêmio totalizou R$ 4,25 bilhões. As indenizações pagas por seguradoras aos produtores atingiram R$ 4,1 bilhões de janeiro a novembro do ano passado. Foram R$ 4,1, bilhões que o governo deixou de gastar com indenizações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). O Estado do Paraná respondeu por 32,6% do valor subvencionado e a cultura da soja respondeu pelo maior volume de contratos.

Para 2022, o orçamento da União prevê R$ 990 milhões ao PSR. Neste ano, haverá uma destinação de recursos mais eficiente. Atualmente, 15 seguradoras privadas estão credenciadas no PSR. O governo está assinando contrato com outras 2, que devem entrar em fevereiro, e uma terceira tem expectativa de trabalhar com programa na nova safra que inicia em julho. Talvez, em 2023, haja 20 seguradoras privadas no PSR, número próximo ao visto nos Estados Unidos e Europa.

O programa de subvenção traz menor ameaça à estabilidade fiscal do governo que o seguro próprio, caso do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). No Proagro, o risco é assumido pelo Tesouro. Em uma situação de forte seca pode gerar elevada indenização pelo Proagro e comprometer metas fiscais porque o Tesouro tem de arcar com os riscos. Na subvenção, o Tesouro sabe quanto irá gastar e, em caso de sinistro, a instituição financeira indeniza o produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.