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19/Jan/2022

Endividamento das famílias bate recorde em 2021

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta terça-feira (18/01), a proporção de brasileiros endividados encerrou o ano de 2021 em patamar recorde. Em dezembro, 76,3% possuíam dívidas, maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2010. Na média do ano, 70,9% das famílias estavam endividadas, um aumento de 4,4% em relação aos 66,5% registrados na média de 2020. A taxa de incremento de famílias com dívidas também foi a maior já observada, revelando que as famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo. A pesquisa considera como dívidas as contas a pagar em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outras modalidades.

Embora o endividamento tenha aumentado, houve pequena redução na inadimplência em 2021. O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso diminuiu 0,3%, de uma média de 25,5% em 2020 para 25,2% no ano passado. No mês de dezembro, porém, o total de inadimplentes foi mais elevado: 26,2%. Após iniciar 2021 em patamar superior ao observado no fim de 2020, o indicador reduziu-se até maio, mas passou a apresentar tendência de alta desde então, encerrando o ano em 26,2% das famílias, acima da média anual. Apesar de a proporção de famílias com contas/dívidas atrasadas ter acirrado no último trimestre do ano, vale notar que o máximo já observado no percentual do indicador ocorreu em agosto de 2020, quando alcançou 26,7%. A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, diminuiu de 11,0% na média de 2020 para 10,5% em 2021.

No mês de dezembro, essa fatia de consumidores que permaneceriam inadimplentes era de 10%. Os números indicam que, ainda que em condições financeiras mais difíceis, os consumidores conseguiram quitar seus compromissos financeiros, mas a tendência é de alta na inadimplência neste início de 2022. Os consumidores seguirão enfrentando os mesmos desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação, juros elevados e mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento de despesas típicas do primeiro trimestre, que deverá apertar ainda mais os orçamentos domésticos neste período. O cartão de crédito se manteve como o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras em 2021, mencionado por 82,6% dos endividados na média do ano. As demais dívidas mais citadas foram carnê (18,1%) e financiamento de carro (11,6%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.