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14/Jan/2022

China: congestionamento nos portos deve persistir

Responsável por sete dos dez maiores portos do mundo, a China enfrenta lentidão na atividade portuária num contexto em que as cadeias de abastecimento estão saturadas a nível global. Com o Ano Novo Chinês, entre os dias 1º e 15 de fevereiro, o fluxo de cargas deve diminuir, mas a tendência é que o cenário de congestionamento, com alta no valor do frete, continue ao longo do ano. O atual momento inflacionário mundial está sendo impulsionado principalmente pelo baixo estoque de commodities e pelo aperto nas cadeias logísticas. Portanto, as políticas monetárias recentemente adotadas pelos Bancos Centrais, para combater a inflação, poderão não ser suficientes para resolver este problema.

A falta de contêineres mantém elevados os preços do frete, pressionam a inflação no varejo e justificam os atuais baixos níveis de estoque ao redor do mundo. É consenso do mercado que a maior parte da atual inflação global está relacionada com o quão apertadas estão as cadeias de abastecimento. Recentemente, o governo chinês anunciou medidas de estímulo ao crédito para sustentar o seu crescimento econômico em 2022, o que deve pressionar ainda mais sua logística. Já em novembro, por exemplo, as importações de ferro cresceram 7%, em relação ao mesmo mês de 2020, no país. Isto significa que a atividade em seus portos deverá aumentar em um momento que é normal ver menos trabalhadores nos portos em função do Ano Novo Chinês.

Considerando que os estoques globais estão baixos, encontrar fornecedores é uma necessidade para que os varejistas possam reabastecer-se em 2022. Se a nova política fiscal chinesa começar a ter efeitos positivos, é altamente esperado que a demanda por matérias-primas importadas aumente no país. Os portos devem ficar ainda mais movimentados ao longo do ano, pressionando a cadeia logística e elevando os preços no âmbito internacional. O atual aumento da inflação global é predominantemente causado pela alta dos preços ao produtor, já que os fretes e matérias-primas permanecem caros. A política de tolerância zero contra o Covid-19 é outro agravante para gargalos logísticos no país. Fonte: Global Markets. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.