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12/Jan/2022

Ômicron impacta em diversos setores da economia

A disseminação acelerada da variante Ômicron da Covid-19 já afeta a operação de empresas de diversos setores pelo País. Em todo o Brasil, o número de infecções triplicou nesta semana e já soma quase 40 mil casos diários. De hospitais privados a hotéis de luxo, há aumento no número de contágios de funcionários e, consequentemente, no afastamento de profissionais. Estima-se que, em média, os hospitais privados brasileiros tenham hoje 10% de suas equipes afastadas, mas ainda não há um levantamento formal nesse sentido. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) afirmou que esse nível de contágio já prejudica o atendimento dos hospitais. No entanto, o setor não quer afastar os funcionários por menos tempo do que o necessário. Já há registro de redes que voltaram a contratar profissionais de saúde devido ao aumento da demanda gerado pela nova variante. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirmou que nos últimos 40 dias um em cada cinco funcionários do setor precisou ser afastado em algum momento.

O maior problema é que, com a dificuldade em conseguir testar os empregados que apresentam algum sintoma, eles acabam afastados por cerca de sete dias, mesmo que não estejam, de fato, contaminados pelo coronavírus. O atendimento fica prejudicado, mas não chega a ter de fechar estabelecimentos. A orientação é de que, ao apresentar qualquer sintoma, o funcionário fique em casa. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que a situação de contágio de Covid-19 entre tripulantes está em monitoramento permanente. É importante lembrar que praticamente 100% das tripulações estão vacinadas contra a Covid-19. Até o momento, a Latam Brasil anunciou o cancelamento de cerca de 1% dos voos domésticos e internacionais para o mês de janeiro, totalizando 106 cancelamentos entre os dias 9 e 14 de janeiro. Na semana passada, a Azul informou que 10% dos seus voos para janeiro terão impactos em meio ao aumento do número de casos de Covid-19 e Influenza na tripulação.

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo (Abesata) informou na segunda-feira (10/01) que de 5% a 10% dos funcionários do setor foram afastados por Covid-19. Porém, as operações seguem normalmente. No comércio, 39,2% dos empresários do Rio de Janeiro (RJ) afirmam que funcionários foram diagnosticados e afastados em razão da Covid-19. A maior parte dos entrevistados, porém, (60,8%) informou não ter registro de funcionários afastados por conta do vírus. Os dados são do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ), que produziu uma sondagem sobre o impacto da variante Ômicron. A pesquisa também avaliou o impacto para o comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio de Janeiro. Nela, 59,6% dos empresários entrevistados na última semana disseram que não houve prejuízo ou que tiveram o mínimo de impacto possível. No entanto, outros 40,5% dos comerciantes afirmaram que foram prejudicados ou muito prejudicados em seus negócios. Em relação às expectativas para os próximos sete dias, 47% dos comerciantes acreditam que haverá muito prejuízo ou algum tipo de impacto. Enquanto 35,5% estão confiantes e acreditam que haverá o mínimo de prejuízo ou nenhum impacto.

Os outros 17,6% afirmam que não sabem avaliar essa situação. A sondagem ocorreu no dia 6 de janeiro com a participação de 319 empresários do Estado. Ainda no varejo, os supermercados acreditam não haver risco de falta de mão de obra pelo avanço da nova variante. O setor conta com 3 milhões de colaboradores diretos e indiretos. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirma estar atenta à saúde dos funcionários e que, em casos de testagem positiva, eles serão afastados, seguindo rigidamente às normas dos órgãos públicos responsáveis. Quanto aos hotéis, a Associação Brasileira de Viagens de Luxo (BLTA) informou que, após chegar a um nível de ocupação entre 80% e 90% dos quartos nas festas de fim de ano, o mercado de resorts e hotéis de luxo no Brasil padece com a falta mão de obra qualificada para trabalhar nesses locais. Nos casos mais extremos, algumas unidades têm até recusado reservas para não comprometer a qualidade do atendimento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.