11/Jan/2022

Segundo a XP, a grande procura de investidores por títulos de renda fixa, estimulada pela escalada da Selic no último ano, deve continuar impulsionando emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e outros títulos usados pelo agro para captar recursos, como debêntures. Até novembro, empresas do setor captaram R$ 18,5 bilhões em CRAs, aproximadamente 28% em operações realizadas pela XP. Para 2022, a perspectiva é de R$ 25 a R$ 30 bilhões em captações, a maior parte de CRAs. Será um ano de muita volatilidade, mas, olhando o potencial dos emissores de CRA e a altíssima demanda por renda fixa, a expectativa é de algo próximo a esse montante.

A securitizadora Ecoagro endossa a perspectiva. Há um ano, CRAs com retorno de CDI (similar à Selic) + 5,5% rendiam a investidores 7,5% ao ano. Hoje, 14,75%. Se financiar com CRA segue vantajoso para as empresas do agro. Juros em outras linhas também subiram e, com a procura pela renda fixa, os investidores começam a aceitar percentual menor sobre o CDI. O avanço do mercado de Fiagros (fundos focados em ativos do agronegócio) será outro estímulo aos CRAs. Com mais casas de análises financeiras cobrindo Fiagros, a demanda pelo produto deve aumentar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.