10/Jan/2022

O dólar interbancário fechou em queda na sexta-feira (07/01), tomando distância do nível psicológico de R$ 5,70 superado pela manhã, em meio a uma correção global de baixa na divisa norte-americana conforme o mercado tentou decifrar dados mistos de emprego nos Estados Unidos e seus impactos sobre o cenário de alta de juros por lá. O recuo da sexta-feira passada, porém, não impediu que o dólar completasse a primeira semana de negócios de 2022 em alta no Brasil. A moeda negociada no mercado à vista caiu 0,85% na sexta-feira (07/01), a R$ 5,6318, menor patamar desde 30 de dezembro. Ainda assim, a cotação acumulou na semana ganho de 1,05%, após duas semanas consecutivas de perdas.

Na máxima da sessão, o dólar foi a R$ 5,71. Esse pico foi alcançado nas reações iniciais de investidores ao relatório de empregos dos Estados Unidos, que mostrou metade da geração de postos esperada, mas também queda na taxa de desemprego em dezembro e sinais de pressão nos salários, indicativo de que a inflação pode se manter alta - o que por sua vez levaria o banco central dos EUA a manter o plano de subida dos juros. Juros mais altos nos EUA aumentam a atratividade do dólar ao mesmo tempo que prejudicam o cenário para ativos de países emergentes, caso da moeda brasileira. As duas quedas seguidas do dólar ao fim da semana deixaram a moeda mais próxima de sua média móvel linear de 50 dias (R$ 5,61), que serve como uma zona de resistência técnica, portanto, um limitador a novas baixas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.