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17/Dez/2021

Banco Central projeta inflação para 2021 e 2022

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira (16/12) pelo Banco Central (BC) manteve suas estimativas de inflação para anos de 2021 a 2023 no cenário de referência, que utiliza juros conforme o Relatório de Mercado Focus e câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). Este cenário indica um IPCA de 10,2% para este ano, 4,7% no próximo e 3,2% no seguinte. Essas projeções constaram na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central ainda informou projeção de 2,6% para 2024, de 2,8% no documento de setembro. A estimativa para 2021 encontra-se muito acima da margem de tolerância da meta (3,75%, com 1,50% de banda), enquanto, para 2022, se aproxima do teto (5,0%). Para 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5% (taxa de 1,75% a 4,75%). Para 2024, o objetivo é de 3,0%, com tolerância de 1,5% a 4,5%.

O Banco Central prevê alta de 16,7% para os preços administrados em 2021, considerando o cenário de referência. Este é o mesmo percentual divulgado na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada na terça-feira (14/12). Para 2022, a projeção de alta dos preços administrados no cenário de referência está em 3,8% e, para 2023, em 5,2%. Para 2024, a estimativa é de 3,2%. O cenário de referência leva em consideração a taxa de juros variando conforme o Relatório de Mercado Focus e câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). O Banco Central adota ainda a hipótese de bandeiras tarifárias "escassez hídrica" em dezembro de 2021 e "vermelha patamar 2" em dezembro de 2022, dezembro de 2023 e dezembro de 2024. O Banco Central informou a probabilidade de a inflação de 2022 ficar acima do teto da meta, de 5,00%, está em 41% (era 17% no documento divulgado em setembro). A probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2022, de 2,00%, é de apenas 2%.

Para este ano, a probabilidade de estouro do teto de 5,25% da meta é de 100%, como na reunião anterior. Portanto, há chance zero de estouro do piso de 2,25%. Para 2023, a probabilidade de estouro do teto de 4,75% da meta é de 13%. Já a possibilidade de estouro do piso de 1,75% da meta é de 15%. No caso de 2024, a probabilidade de estouro do teto de 4,50% da meta é de 9%. Já a possibilidade de estouro do piso de 1,50% da meta é de 21%. Para 2021, a meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,75%, com margem de 1,5% (taxa de 2,25% a 5,25%). Para 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5% (taxa de 2,00% a 5,00%). Para 2022, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5% (taxa de 1,75% a 4,75%). Para 2024, o objetivo é de 3,0%, com tolerância de 1,5% a 4,5%. O Banco Central reduziu sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 2,1% para 1,00%.

Surpresas negativas em dados recentemente divulgados, que sugerem perda de dinamismo da atividade e reduzem o carregamento estatístico para o ano seguinte, novas elevações da inflação, parcialmente associadas a choques de oferta, e aumento no risco fiscal pioram os prognósticos para a evolução da atividade econômica no próximo ano. Pelo lado da oferta, foi alterada a estimativa para a expansão da agropecuária de 3,0% para 5,00%. Por outro lado, a revisão para a indústria passou de crescimento de 1,2% para retração de 1,3%. No caso dos serviços, a previsão de alta passou de 2,5% para 1,3%. Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou alteração de 2,2% para 1,1% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 2,5% para 2,4% previsão de alta do consumo do governo. O documento indica ainda que a projeção de 2022 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia, passou de queda de 0,5% para um forte recuo de 3,0%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em setembro.

O relatório de dezembro também atualizou as projeções da autoridade monetária para o PIB de 2021. A expectativa para o crescimento da economia este ano passou de alta de 4,7% para avanço de 4,4%. Entre os componentes do PIB para 2021, foi alterada a projeção para a agropecuária de crescimento de 2,0% para retração de 0,6%. No caso da indústria, a estimativa de recuperação passou de 4,7% para 4,1% e, para o setor de serviços, de alta de 4,7% para 4,6%. O declínio esperado na agropecuária em 2021 resulta, em especial, de estimativas de quedas na produção em culturas com participação elevada no setor, como milho, cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, decorrentes primordialmente de problemas climáticos, não compensadas inteiramente pela safra recorde de soja. Do lado da demanda, foi alterada a estimativa do consumo das famílias de alta de 3,3% para 3,4% em 2021. No caso do consumo do governo, o percentual projetado foi de 0,9% para 1,8%. Para FBCF, a expectativa passou de 16,0% para 16,8%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.