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16/Dez/2021

Cana, café e diesel lideram a inflação no atacado

Conforme os dados do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de dezembro, divulgados nesta quarta-feira (15/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a seca e as geadas de meados do ano e a elevação das cotações internacionais do petróleo fizeram dos preços da cana-de-açúcar, do café em grão e do óleo diesel os vilões da inflação no atacado em 2021, O IGP-10 é o primeiro dos IGPs da FGV a ter dados fechados para o ano. A alta de 17,30% em 2021, abaixo dos 24,16% de 2020, foi puxada pelo IPA-10, que mede os preços do atacado e fechou o ano com alta de 19,72%.

Entre os itens que mais desafiaram a inflação ao produtor estão produtos cujas safras foram afetadas pela seca (cana-de-açúcar 57,55%), pelas geadas (café em grão 148,05%) e pelos avanços do preço do petróleo (diesel 82,82%). O quadro só não foi pior porque o ano acabou fechando com queda nas cotações de outras commodities. Os preços do minério de ferro (-24,27%), do farelo de soja (-15,49%) e do arroz em casca (-36,85%), todos no atacado, fecharam 2021 com deflação. Embora tenham sido vilões em 2021, os preços dos combustíveis mostraram algum sinal de arrefecimento no atacado.

O avanço no subgrupo “combustíveis para o consumo” passou de 8,48% em novembro para 2,69% em dezembro. Também houve alívio no minério de ferro (1,23% para -19,28%), soja em grão (-1,39% para -3,41%) e aves (-0,03% para -4,95%). Apesar da desaceleração na alta dos preços de combustíveis no atacado em dezembro, seguiram pressionando a inflação ao consumidor. A taxa de 1,08% no IPC-10 de dezembro, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 2,61%), Habitação (0,36% para 0,77%) e Transportes (2,17% para 2,49%).

A gasolina subiu 5,50% este mês, após 5,09% antes. A conta de luz também pesou mais, com elevação de 1,86%, ante 0,06% em novembro. Na contramão, houve alívio em cinco das oito classes de despesa, incluindo nos preços de alimentos. Arrefeceram os grupos Alimentação (0,81% para 0,59%), Vestuário (0,87% para 0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,12%), Comunicação (0,33% para 0,08%) e Despesas Diversas (0,27% para 0,16%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Hortaliças e legumes arrefeceram de 11,38% em novembro para 1,20% em dezembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.