ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

14/Dez/2021

Recuperação do PIB per capita levará alguns anos

Mesmo que a economia ganhe alguma tração, a recuperação do padrão de vida dos brasileiros será lenta nos próximos anos. O PIB per capita (soma das riquezas produzidas pelo País dividida por seus habitantes) poderá levar, pelo menos, mais 7 anos para recuperar o nível de 2013, ano que antecedeu o início da recessão no governo Dilma Rousseff. Na projeção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o PIB per capita deve encerrar este ano em R$ 36.661,00 alta de 3,8% ante 2020.

Se o cálculo se confirmar, o indicador ainda estará 1% abaixo do valor registrado em 2019 (R$ 36.969,00), logo antes da pandemia de Covid-19. Também ficará 7,7% abaixo do pico histórico medido em 2013 (R$ 39.685,00). O indicador poderá voltar ao nível de 2013 em 2028, 15 anos depois. Para isso, o PIB precisaria crescer, em média, 2,1% ao ano entre 2023 e 2028. Descontado o aumento da população, isso resultaria numa expansão de 1,5% do PIB per capita ao ano.

O resultado esperado para 2022 já não entra nessa conta. É que o PIB do próximo ano deve crescer 0,7%, o mesmo ritmo do avanço populacional, com estabilidade no PIB per capita. E ainda não é possível descartar um retrocesso, diante do desajuste fiscal, inflação em alta e acentuada instabilidade política. Se a riqueza gerada não cresce, o quadro se complica ainda mais diante do aumento da desigualdade social dos últimos anos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a desigualdade piorou entre 2018 e 2019. O índice de Gini, medida da desigualdade de renda domiciliar, melhorou em 2020, mas as perspectivas não são animadoras. Mesmo com o auxílio emergencial, um em cada quatro brasileiros vive abaixo da linha da pobreza, o que correspondeu a 51 milhões de pessoas em 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.