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13/Dez/2021

Safra de grãos 2021/2022 é favorecida pelo clima

Com o avanço acelerado da semeadura das culturas da safra de verão (1ª safra 2021/2022), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos e fibras nesta safra 2021/2022. Em seu 3º levantamento sobre a temporada, a estatal passou a projetar um volume total recorde de 291,1 milhões de toneladas, 15% superior ao de 2020/2021, quando as lavouras de milho, sobretudo, foram afetadas pela falta de chuvas. Em relação à previsão do mês passado, a divulgada no dia 9 de dezembro é 0,4% maior. A estimativa para a área total a ser cultivada também subiu, de 71,9 milhões para 72 milhões de hectares, aumento de 4,3% ante a temporada anterior.

Estão incluídas nesse cálculo as culturas de 2ª safra, com plantios entre janeiro e abril, e as de 3ª safra e de inverno (semeadura entre abril e junho), mas com base em suas áreas médias nos últimos anos. Além da área, o clima, até agora favorável, embora já existam previsões de falta de chuvas na Região Sul nas próximas semanas, foi responsável pela elevação na estimativa de colheita, por indicar uma produtividade média maior que a inicialmente prevista. A projeção para o rendimento médio das lavouras subiu para 4.042 quilos por hectare, ante os 4.033 quilos por hectare calculados no mês passado e os 3.641 quilos por hectare de 2020/2021. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra 2021/2022 deverá atingir 278 milhões de toneladas, 10% acima do previsto para este ano. Na comparação com o primeiro prognóstico, houve um aumento de 2,7%, ou 7,3 milhões de toneladas.

Esse aumento se deu em função da entrada de informações de campo da nova safra. Também houve influência do clima, que tem ajudado. A soja mais uma vez é a estrela da agricultura nacional, com produção projetada pela Conab em 142,8 milhões de toneladas em 2021/2022, 0,5% mais que o previsto em novembro e volume 4% superior ao do ciclo passado. O avanço reflete principalmente a previsão de crescimento da área de plantio, de 3,7%, para 40,4 milhões de hectares. A colheita total de milho (1ª, 2ª e 3ª safras) deverá se recuperar e somar 117,2 milhões de toneladas, com aumento de 34,6% na comparação com o ciclo passado. Das três safras do cereal, a que terá maior recomposição será a 2ª safra, cuja colheita perdeu mais de 20% do volume no ano passado. A 2ª safra de 2022 é estimada em 86,3 milhões de toneladas, com crescimento de 42%.

Em 2021, houve muitos problemas climáticos, principalmente na 2ª safra. Como as chuvas demoraram, o plantio e a colheita da soja atrasaram, estreitando a janela de plantio da 2ª safra de milho de 2022. Além disso, o clima seco prejudicou a produção. De acordo com a Conab, em novembro foi registrado grande volume de chuva, que superou a média histórica em diversos polos produtivos, principalmente nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o que favorece o desenvolvimento das culturas de 1ª safra. No entanto, na Região Sul do País, as precipitações não foram suficientes para atingir a média em grande parte da região, e por isso será necessário acompanhar de perto o desenvolvimento das lavouras, especialmente no Rio Grande do Sul. Fonte: Valor Online.