13/Dez/2021

De acordo com Novo Banco de Desenvolvimento (NBD, o banco dos BRICS), um dos maiores beneficiados pela abertura da China ao mundo nas últimas cinco décadas, o Brasil tem hoje em três dias um fluxo comercial com o gigante asiático que antes levava um ano, tornando-se também um dos países com maior superávit, ou seja, exportações superiores a importações nas trocas de produtos com os chineses. Houve uma grande expansão do fluxo de mercadorias entre Brasil e China.

É interessante porque, enquanto muita gente considera que o mundo está vivendo uma guerra comercial, o Brasil tem no comércio com a China um dos maiores superávits do mundo. Se levar em consideração economias das Américas e da Europa, o Brasil tem o maior superávit comercial com a China. As exportações do Brasil à China devem ficar próximas dos US$ 100 bilhões neste ano. Ao comparar a corrente comercial (soma de exportações e importações) que o Brasil tinha com a China até duas décadas atrás, antes da entrada chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC).

O fluxo, antes de US$ 1 bilhão por ano, agora é de US$ 1 bilhão em 72 horas. O ponto de virada começou no fim dos anos 70, quando a China fez escolha por um modelo de crescimento baseado em exportações, culminando em sua entrada na OMC em 2001. A economia da China, que era de US$ 4 trilhões ou US$ 5 trilhões (antes do ingresso na OMC), hoje é de US$ 15 trilhões em PIB nominal. Pelo critério da paridade de poder de compra, a China já se tornou a maior economia do mundo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.