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10/Dez/2021

Exportações do Agronegócio registram forte alta

As exportações do agronegócio brasileiro renderam US$ 110,7 bilhões de janeiro a novembro de 2021, um crescimento de 18,4% em relação ao ano passado. O avanço foi puxado pelo câmbio favorável e por preços elevados, uma vez que o volume das vendas registrou diminuição de 6,5%. Considerada uma “jogada comercial” pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nem a suspensão das exportações de carne bovina brasileira para a China, que já dura mais de três meses, impediu o novo recorde da balança do setor. Para a entidade, não se trata de problema sanitário, mas foi uma “jogada de mercado”. A China esperava que o preço do boi fosse cair e prorrogou o embargo. O impasse comercial é considerado normal. A lição a ser tirada do episódio é a necessidade de aproximação maior com os clientes.

Sem as compras chinesas, o Brasil ampliou as exportações de carne de gado para outros destinos, como Estados Unidos e Chile. A diversificação de produtos e destinos ainda é uma meta perseguida pela CNA para ampliar a fatia de 1% que o país detém do comércio mundial. O foco é o mercado asiático e a construção de acordos bilaterais. Não é falta de demanda, é falta de oferta, de ter a pauta mais diversificada. As exportações devem ter um ano positivo em 2022, mas será preciso acompanhar o desenrolar da pandemia e os possíveis reflexos no fluxo de transporte marítimo, os gargalos logísticos, a menor oferta global de insumos e o protecionismo crescente, ligado principalmente a temas ambientais, que estarão cada vez mais presentes na pauta do comércio internacional.

Muitos países estão colocando normas unilaterais, mas não se engajam em discussões multilaterais sérias, como na Organização Mundial do Comércio (OMC), em questões que impactam a sustentabilidade. Uma dessas discussões envolve a redução dos subsídios agrícolas “distorcivos”. Esse tipo de apoio, oferecido por países desenvolvidos e emergentes a seus produtores, têm impacto profundo em questões de sustentabilidade porque eles patrocinam a ineficiência. A falta de empenho desses países nas discussões multilaterais é decepcionante. É preciso diálogo para que as medidas unilaterais sejam com preocupação ambiental e não só barreiras disfarçadas no comércio, que aumentam o protecionismo. É preciso mostrar que a carne brasileira não está em região com desmatamento ilegal ou queimada. Para a entidade, queimadas e desmatamentos ilegais são problemas para a polícia. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.