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10/Dez/2021

Previsão de queda no superávit comercial em 2022

Segundo projeção da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações brasileiras vão cair 4,7% em 2022 em relação a este ano, para US$ 262,379 bilhões. O setor agropecuário será o único a se manter positivo entre os principais exportadores, com alta de 17,5% na mesma comparação, para US$ 63,235 bilhões, enquanto a indústria extrativa deve recuar 26,9%, para US$ 57,429 bilhões, e a indústria de transformação, 1,3%, para US$ 140,213 bilhões. As importações devem aumentar 4,5%, para US$ 227,855 bilhões em 2022, contra os US$ 218,094 bilhões estimados para 2021. Com isso, o superávit comercial deve atingir US$ 34,524 bilhões em 2022, queda de 39,7% em relação aos US$ 57,222 bilhões estimados para 2021.

O Brasil segue altamente dependente das exportações de commodities, com os produtos manufaturados sofrendo o impacto negativo da falta de competitividade decorrente do elevado custo-Brasil. Em 2021, as exportações de soja devem atingir 85 milhões de toneladas, subindo para 90 milhões de toneladas em 2022, voltando a ser o produto líder das exportações brasileiras e atingindo US$ 45 bilhões, o que será um novo recorde. Soja, petróleo e minério devem cair de uma participação de 40,7% na balança de 2021 para 37,5% em 2022. Com exceção da soja, carne de aves, café e celulose, a tendência das cotações das commodities exportadas pelo Brasil é de queda. O preço do minério de ferro deve recuar 34,1% em 2022; o petróleo, 18,5%; óleos combustíveis, 15,8%; entre outros.

A taxa cambial deve oscilar entre R$ 5,30 a R$ 5,90, influenciada pela pandemia do coronavírus, e o quadro político-econômico brasileiro. O Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar entre 0,5% e 1,3%, insuficiente para aumentar a demanda interna, ampliar o consumo das famílias e reduzir o desemprego. Para realizar as projeções, a AEB levou e conta diversos fatores, como a indicação de queda do comércio mundial pela Unctad; patamares elevados das commodities, algumas sem fundamento; a pandemia e o surgimento da variante Ômicron; as eleições presidenciais no Brasil; a falta de contêineres e seus elevados preços; a crise hídrica no Brasil e na China; entre outros. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.