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08/Dez/2021

La Niña já prejudica lavouras da safra 2021/2022

Os produtores de grãos do Rio Grande do Sul já relatam os efeitos do fenômeno La Niña sobre as lavouras do Estado. Até o momento, segundo a Emater-RS, as perdas são pontuais e se concentram nas plantações de milho, mas, caso as chuvas não fiquem mais regulares, é possível que os prejuízos aumentem tanto nas áreas de cultivo de milho quanto nas de soja. De acordo com alerta emitido, apesar de o Estado ter registrado algumas pancadas de chuvas, a distribuição foi irregular e com baixo volume. Essas precipitações amenizaram a situação momentaneamente. A previsão de tempo quente e seco é ameaça de mais perdas para as lavouras do Estado. A Climatempo lembra que o mês de setembro foi o último com chuvas regulares e em boas quantidades no Rio Grande do Sul. Desde então, as precipitações foram mais espaçadas e em menor volume, o que afetou o desenvolvimento das lavouras em algumas parte do Estado.

As regiões mais penalizadas são de Santa Maria, Santa Rosa, Ijuí, onde há relatos de perda de potencial produtivo. O que preocupa é que o milho vai entrar em florada, período em que ele mais necessita de água, e não enxergamos um cenário com chuvas regulares nos próximos 15 dias. As regiões afetadas, centro e noroeste, não são as principais para o milho safra de verão (1ª safra) no Estado. Mas, um longo período sem chuvas regulares poderá afetar, sim, a produtividade do milho na região norte, área mais relevante para a cultura no Rio Grande do Sul. A partir de 20 dias sem chuva, começará a afetar o norte. O que aconteceu no centro e noroeste não tem mais volta. Ainda é cedo para estimar perdas e a previsão segue de uma safra superior à de 2020/2021, quando o fenômeno também castigou as áreas de milho do Estado. Até o dia 2 de dezembro, o plantio de milho no Rio Grande do Sul chegou a 88% da área estimada, avanço semanal de apenas 2%, segundo a Emater-RS.

O índice está acima do ciclo passado (83%) e próximo à média dos últimos cinco anos (89%). Segundo a última previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado deverá produzir 5,88 milhões de toneladas na safra de verão (1ª safra 2021/2021), alta de 34%. Para a soja, cultura em que o Estado foi o segundo maior produtor nacional em 2020/2021, é recomendado cautela. Não foi observado nada abaixo da média no momento. Já foi observado um déficit hídrico, o que trouxe um pequeno atraso na semeadura, mas a soja é uma cultura bastante tolerante, tem capacidade de se regenerar. A Aprosoja-RS afirma que a falta de chuva desde outubro foi prejudicial para a estratégia do agricultor, uma vez que a janela ideal de plantio da oleaginosa no Estado ocorre em novembro. Até outubro, a safra começou bem, mas as chuvas desapareceram e só voltaram por volta de 25 de novembro, pouco uniformes e sem regularidade. A soja está suportando bem, mas houve prejuízo no desenvolvimento e a produtividade tende a vir abaixo do ideal. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.