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06/Dez/2021

Brasil: PIB per capita deve ficar estagnado em 2022

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a economia brasileira patinando, a renda do brasileiro deve ficar estagnada no ano que vem. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita (soma de riquezas produzidas pelo país dividida por seus habitantes) pode ficar estável (0,0%) em 2022, em R$ 36.512,00. O cálculo leva em consideração um crescimento de 0,7% do PIB em 2022, descontado o aumento populacional da mesma magnitude (0,7%). A previsão é de avanço no PIB porque tem setores com crescimento quase automático, como agropecuário.

Mas, descontada a alta da população, a variação é nula. Para este ano de 2021, os cálculos apontam para um crescimento de 3,8% do PIB per capita. O pico do PIB per capita brasileiro foi alcançado em 2013, de R$ 39.575,00 (a preço de 2020). Em um cenário classificado muito otimista, a renda per capita dos brasileiros retornaria a esse nível em 2028. Para isso acontecer, seria necessário que o PIB per capita brasileiro crescesse a um ritmo médio de 1,5% ao ano ao longo dos próximos sete anos. Só houve crescimento assim nos anos 2000. Seria preciso um choque externo favorável e, internamente, um ciclo vigoroso de reforma. É um cenário possível, mas otimista.

Se considerar o que realmente o Brasil cresceu em PIB per capita entre 1981 e 2019, que foi de 0,7% ao ano, só será possível alcançar o nível de 2013 em 2034. Além do retrocesso do nível de renda nos últimos anos, a riqueza dos brasileiros é, sabidamente, mal distribuída. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a desigualdade medida pelo índice de Gini piorou em 2018 e 2019. No ano passado, o indicador registrou melhora, o que pode ser parcialmente atribuído ao pagamento do auxílio emergencial ao longo do ano, reduzindo níveis de pobreza. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.