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03/Dez/2021

Safra 2021/2022 deverá ter melhor desempenho

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o clima, que preocupou os produtores rurais neste ano, será novamente determinante para as colheitas de 2022. Até agora, tudo indica que as diferentes safras serão melhores que as deste ano, afetadas por seca e geadas, mas mesmo com a oferta agrícola em expansão, há pouco espaço para quedas fortes de preços. Os preços internacionais apresentam tendência de aumento graças ao movimento de recomposição de estoques em diversos países e ao aquecimento da demanda por grãos, principalmente os destinados à ração animal. Nas grandes cadeias exportadoras, esse cenário normalmente significa preços sustentados também no País. A perspectiva de produção dos dois principais grãos cultivados no Brasil, soja e milho, é positiva. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão é de safra recorde para a soja, com avanço de 3,4% em 2021/2022 ante 2020/2021, recuperação e expectativa de recorde no milho (aumento de 34,1%), leve queda na produção de arroz (1,8%) e alta na produção de algodão (12,6%).

Se as condições climáticas se confirmarem, o País deve recuperar o protagonismo no mercado internacional do milho, como segundo ou terceiro maior exportador mundial do cereal, além de incrementar os estoques domésticos. No terceiro trimestre, os preços das commodities continuaram elevados. No caso da soja, os baixos estoques no período e a demanda aquecida sustentaram as cotações. O milho, que subiu em julho e agosto, caiu em setembro, com o avanço da colheita. O trigo, por sua vez, avançou, sob preocupações com o clima, boa demanda interna e elevada paridade de importação. Os movimentos dos preços domésticos agropecuários no terceiro trimestre foram bem variados. Para os grãos, a estabilidade em níveis elevados refletiu a boa demanda e a oferta ajustada. Na pecuária, frango, leite e ovos subiram com o aumento da demanda por proteínas mais baratas e dos custos de produção, mas a arroba bovina caiu diante da suspensão dos envios desta carne à China.

O preço do café foi um dos que mais subiram no período, em decorrência da oferta restrita do produto na safra atual, influenciada pela bienalidade negativa e fatores climáticos. Apesar da estabilidade do preço do frango do mundo, o “efeito renda” nos países da Ásia e do Oriente Médio e os problemas sanitários na África do Sul e México resultaram em aumentos no terceiro trimestre. As cotações internacionais da carne bovina seguiram em alta, ao contrário dos preços domésticos, por causa da estiagem nos principais países produtores, do tempo de recomposição do rebanho após retorno do incentivo de preço e das chuvas e do preço elevado dos grãos. Os preços do boi gordo (+46,3%) e do frango (+44,2%) foram os que mais subiram entre janeiro e setembro. No período, o valor pago pela carne suína ao criador aumentou 19,2%. E os custos estão em alta, o que limita o espaço para quedas. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.