03/Dez/2021

O Itaú BBA estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira deve subir 4% em 2022 ante 2021, impulsionado principalmente pelo aumento na produção. O plantio da soja foi na janela ideal, o do milho 2ª safra de 2022 também deve ser. E, apesar do risco de La Niña, não está claro que deve haver estiagem. É esperada recuperação de culturas que sofreram este ano, como café (que terá safra de bienalidade positiva), laranja e milho.

No caso do milho, a alta deve ser forte por causa da base de comparação. Se no ano que vem voltar ao normal, já é um grande salto. Quanto à carne bovina, é esperado estabilidade ou pequeno crescimento nos abates, a depender da retenção de fêmeas, enquanto a produção de carne de frango e suína deve aumentar. Para a demanda no ano que vem, o cenário é menos otimista. Embora espere um crescimento de 4% no PIB Agro, a estimativa do banco para o PIB geral do País em 2022 é de queda de 0,5%.

Produtos dependentes do mercado interno, como carne bovina e leite, não devem ter tração. Frango e ovo podem ganhar se os custos com ração caírem e levarem a preços menores, e porque esses produtos costumam ser vencedores em caso de aperto orçamentário. Para os produtos mais exportados, como soja, café e açúcar, o panorama é positivo. O resultado do PIB agro no terceiro trimestre de 2021, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de queda anual de 9% e recuo trimestral de 8%, não surpreendeu.

Existiu uma mistura de quedas de produção em função da seca e de redução de área. Laranja, café, cana-de-açúcar e milho 2ª safra de 2021 tiveram problemas com a falta de umidade e com geadas, e o algodão, que também sofreu com o clima, ainda perdeu área que migrou para culturas mais rentáveis como soja e milho. Além disso, a produção de carne caiu por causa dos abates menores causados pela retenção de fêmeas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.