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03/Dez/2021

Crédito Rural: parceria com as fintechs e bancos

Segundo o BTG Pactual, parcerias com agfintechs podem ajudar bancos com atuação no agronegócio a ter acesso a mais informações, de forma ágil, sobre as atividades no campo e, assim, viabilizar a concessão de crédito mais barato para pequenos e médios produtores. Mais do que ver um balanço auditado ou um bom site de Relações com Investidores (de produtor ou empresa), é preciso ter informação em tempo real se choveu na lavoura, se teve geada, se o produtor plantou na data certa. A parceria com as fintechs pode ajudar a ter acesso a essas informações e a baratear o crédito. Há diferentes perfis de agfintechs, como as que concedem crédito diretamente, fazem monitoramento de lavouras ou gestão e registro de garantias. O mix de novas tecnologias com uma presença na ponta traz resultados satisfatórios.

Não só temos aumentado o número de ferramentas e parceiros, como ampliado a atuação para seguros, atendimento de cliente pessoa física. Por muitos anos, os bancos se “prenderam” nas garantias para fornecer crédito aos produtores, o que limitou a concessão aos pequenos e médios. Um grande produtor consegue ancorar garantias em vários bancos, discutir preços. O pequeno só tem uma propriedade (para oferecer como garantia). Mas, se já há histórico do produtor, uma cadeia (de revendas e empresas) que atua com ele, vários mecanismos para acompanhar os riscos, estes recursos trazem segurança para operar com aquele produtor. Quem paga o crédito é a atividade agropecuária, não a garantia. O Banco Inter pontuou que o avanço do open banking, sistema pelo qual bancos passarão a compartilhar informações, pode contribuir para uma maior conexão de dados e para ampliar a capilaridade de atendimento a pequenos produtores, inclusive dos atendidos pelo Pronaf (programa federal de crédito para agricultores familiares).

As instituições financeiras têm dificuldade em distribuir os recursos do Pronaf. Os bancos têm problemas para desovar os recursos Pronaf. É um volume grande de crédito e, às vezes, o banco decide pagar a multa porque não tem a expertise para emprestar para o produtor. O motor da economia está nas pequenas e médias empresas, e no pequeno e médio produtor. No BTG, o agronegócio representa aproximadamente 20% da carteira do banco e o objetivo é aumentar a presença no setor. A maior oferta de crédito se dará não apenas com caixa proprietário dos bancos como também por desintermediação financeira, estruturação de títulos e fundos lastreados em dívidas do setor, no mercado nacional e internacional, e distribuição para clientes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.