ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Dez/2021

Produtor deveria receber por serviços ambientais

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que está passando da hora de os produtores rurais serem remunerados por serviços ambientais no País. Ela destacou o compromisso do Brasil de acabar com o desmatamento ilegal até 2028 e disse que a delegação brasileira na COP-26 surpreendeu ao apresentar medidas para reduzir as emissões de poluentes na produção agropecuária. Para ela, o Brasil precisa resolver o problema do desmatamento ilegal, que deve ser zero. Ela lembrou que o País preserva 66% do território com mata nativa e que 25% das florestas estão dentro de propriedades rurais privadas. Metade das emissões brasileiras são provenientes do desmatamento.

Há um desafio de construção de economia da floresta e valoração dos serviços ecossistêmicos. Segundo Tereza Cristina, o Brasil conseguiu mostrar na COP-26 que a agropecuária tem papel fundamental na agenda climática global. A equipe brasileira apresentou soluções que o Brasil já adotou e surpreendeu. Poucos países têm projetos de redução de emissões no setor. A ministra reforçou a visão de que os compromissos firmados pelo Brasil, como de participar das ações para redução da emissão de metano, significam oportunidades para o País, que tem expertise nas medidas de redução e pode colaborar com outros países.

A agropecuária mostrou que é extremamente importante na agenda climática nacional e mundial. Para Tereza Cristina, a COP-26 poderia ter evoluído mais em termos de financiamento das ações de combate e adaptação às mudanças climáticas. Entre os obstáculos que o Brasil ainda tem que superar para cumprir os compromissos climáticos estão o desafio do crédito, a capacitação de técnicos de assistência técnica e extensão rural nesse tema e a transferência de tecnologias já disponíveis. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que a vegetação nativa preservada no Brasil deveria estar atrelada aos produtos agrícolas nacionais como um diferencial competitivo que precisa ser remunerado.

Segundo ele, são 282 milhões de hectares de florestas conservados dentro das propriedades rurais brasileiras. Isso é uma vantagem competitiva para o Brasil, é um diferencial quando nas compras de produto brasileiro, um volume gigantesco de área que deveria estar atrelada aos produtos do agro brasileiro para serem reconhecidos e remunerados de alguma forma como um benefício aos produtores que cuidam dessa vegetação nativa em cada um dos biomas brasileiros. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.