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01/Dez/2021

Dólar sobe com manutenção de tapering nos EUA

Nesta terça-feira (30/11), depois de uma manhã predominantemente em queda, em meio à disputa pela formação da última taxa Ptax de novembro, o dólar ganhou força ao longo da tarde de terça-feira (30/11), chegando, nos piores momentos, a tocar na casa de R$ 5,67. A troca de sinal se deu durante uma arrancada momentânea do índice DXY (que mede o desempenho moeda norte-americana frente a seus pares fortes), após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, dar a entender que o surgimento da variante Ômicron não muda o plano de aceleração no ritmo de redução de estímulos monetários (tapering) e antecipação da alta de juros para o primeiro semestre de 2022. Com o retorno do índice DXY para terreno negativo, o dólar desacelerou o ritmo de alta, mas seguiu com sinal positivo, orbitando os R$ 5,65. No exterior, o dólar cedia contra os principais pares do Real, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

A aprovação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a perspectiva de votação da proposta no plenário da Casa tiraram um pouco da pressão sobre a taxa de câmbio, mas não o suficiente para sustentar um movimento de apreciação do real. O mau humor da Bolsa, que perdeu pontualmente o patamar dos 101 mil pontos, acompanhando os índices em Nova York, e fatores técnicos, como a rolagem das posições futuras típicas de fim de mês, prejudicaram a moeda brasileira. Com isso, o dólar terminou em alta de 0,46%, a R$ 5,63, acumulando valorização de 0,71% na semana. Mesmo assim, a moeda norte-americana encerra novembro em queda de 0,19%, interrompendo uma sequência de dois meses de valorização expressiva (3,67% em outubro e 5,30% em setembro). Vale ressaltar que o Real se destacou em relação a seus pares, já que o dólar subiu mais de 4% em relação ao peso mexicano e ao rand sul-africano no mês. Novembro também foi marcado por uma alta de mais de 2% do índice DXY.

A Inversa Publicações afirma que a formação da taxa de câmbio foi contaminada por movimentos técnicos típicos de fim de mês, o que impede uma avaliação mais assertiva dos impactos do noticiário externo e interno sobre a dinâmica do dólar. Muitos fundos tiveram um mês ruim e estão tentando fazer ajustes. Em dois ou três dias, esse movimento técnico vai ser normalizar. O mercado foi pego no contrapé na sexta-feira (26/11), tendo que absorver a informação da descoberta da Ômicron em dia de liquidez reduzida. Após a recuperação parcial dos ativos na segunda-feira (29/11), o humor voltou a piorar no exterior. Os ativos domésticos vêm se comportando bem. A bolsa está caindo em linha com Nova York e o dólar subindo um pouco. Há um mês, um movimento de estresse lá fora desse tamanho teria levado o dólar a subir mais de 2%. O Real teve um bom desempenho em novembro, tendo se apreciado em relação a outras moedas, como o euro, em mês marcado por forte apreciação do dólar no exterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.