ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Nov/2021

Endividamento do consumidor cresce em novembro

Segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (29/11), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de brasileiros com dívidas a vencer alcançou 75,6% em novembro, alta de 1% em relação a outubro e de 9,6% ante novembro do ano passado. Foi o 12º mês seguido de alta, renovando o nível recorde, mas, em novembro, houve o primeiro aumento da inadimplência em oito meses, com destaque para os consumidores de baixa renda. Entre os endividados, 26,1% relataram ter dívidas vencidas, incluindo contas de consumo, como eletricidade, água, entre outras, número 0,5% acima do registrado em outubro e 0,4% superior ao visto em novembro de 2020.

A parcela que declarou não ter condições de pagar suas dívidas ou contas em atraso e, portanto, continuará inadimplente permaneceu estável, registrando 10,1%, queda de 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2020. Mesmo com juros maiores, as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas seguem aumentando. Segundo os dados do Banco Central (BC), outubro registrou crescimento real de 3,3%. A alta de juros empreendida pelo BC desde março, na tentativa de ancorar melhor as expectativas inflacionárias futuras, ainda não foi suficiente para abrandar a dinâmica do endividamento. O crédito segue sendo a saída do brasileiro para recompor a renda. Tanto que o uso do crédito é mais relevante entre as famílias com rendimento de até dez salários-mínimos.

De outubro para novembro, o percentual de endividados nessa faixa de renda saltou de 75,9% para 77,0%, ante 67,9% em novembro de 2020. Para esse grupo em especial, a inflação corrente ao consumidor girando próxima a 11% ao ano acirra o orçamento familiar e aumenta a necessidade do crédito para organizar as despesas. Entre as famílias com renda acima de dez salários-mínimos, o endividamento foi de 70,3% em novembro, ante 69,5% em outubro e 59,3%, em novembro de 2020. As famílias no grupo de renda mais elevado têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo de serviços, auxiliando a retomada recente da atividade econômica no setor. O indicador de inadimplência tem comportamento divergente conforme a faixa de renda.

A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de renda mais baixa aumentou de 28,9% em outubro para 29,4% em novembro, ante 28,9% em novembro do ano passado. No grupo com rendimento mais alto, a proporção de inadimplentes caiu de 11,6% para 11,4%, na passagem de outubro para novembro, ante 11,8% em novembro de 2020. Entre os endividados, o percentual de famílias com dívidas por mais de um ano é crescente desde o fim do primeiro trimestre e atingiu a máxima histórica de 36,2%, indicando que os consumidores estão buscando alongar os prazos de pagamento de suas dívidas para que a parcela caiba nos orçamentos e, assim, reduza-se o comprometimento da renda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.