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26/Nov/2021

Dólar cai para o menor patamar desde dia 17/11

O dólar fechou em queda ante o Real nesta quinta-feira (25/11), ficando abaixo da marca psicológica de R$ 5,60, com investidores aproveitando para realizar lucros em um dia sem grandes catalisadores externos e em meio ao debate sobre o ritmo de aperto monetário no Brasil. O dólar caiu 0,51%, e fechou a R$ 5,56. É o menor patamar desde o dia 17 de novembro (R$ 5,52) e a maior baixa percentual diária desde 11 de novembro (-1,80%). O clima mais calmo se estendeu também a outros mercados. Na bolsa, por exemplo, o principal índice subia 1,3% meia hora antes do fechamento, para uma máxima em mais de uma semana. Os juros futuros caíam nas negociações estendidas. O leilão de títulos do Tesouro foi pequeno, e o mercado ainda está reagindo de certa forma às falas de Campos Neto (presidente do Banco Central) de quarta-feira (24/11).

O Tesouro vendeu cerca de R$ 5 bilhões entre prefixados (LTN e NTN-F) e em torno de R$ 13,7 bilhões em LFT (pós-fixado), colocando no mercado pela terceira semana seguida um nível de risco mais estável. A descompressão nos preços da renda fixa, cujo “chacoalhão” nos últimos tempos acabou inflamando as altas do dólar, também ajudou a destravar certa realização de lucros na taxa de câmbio. Na véspera, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou que poderia não chancelar os elevados níveis de prêmio vistos na curva de DI, o que trouxe as taxas para baixo. De toda forma, o reforço nas últimas semanas das expectativas de aumentos da Selic já oferecia uma boa blindagem ao Real.

A taxa embutida em contratos de taxa de câmbio a termo dólar/Real de um ano estava em 11,4% ao ano, contra 8,3% em meados de outubro e 2,4% um ano atrás. O que acaba compensando parte desse retorno é a alta volatilidade do Real, que no mundo emergente só fica abaixo da lira turca. E a piora das perspectivas para a economia é um obstáculo a mais, uma vez que torna o País menos atrativo a investimentos externos. Em uma semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados preliminares do PIB de julho a setembro. Existe um risco não desprezível de o PIB ter contraído no terceiro trimestre, o que neste caso configuraria uma recessão técnica. Por ora, a estimativa do Banco Central é de estabilidade frente aos três meses anteriores. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.