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26/Nov/2021

COP-26: Brasil conseguiu melhor imagem externa

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil voltou da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-26) com uma melhor imagem internacional e bem melhor do que entrou. O País começou a recuperar o protagonismo que desempenhava até 2018, mostrando que é possível avançar na agenda sustentável. Mas, ressalta-se que, se não acabar o desmatamento ilegal, todos esses esforços são inúteis. Nenhum outro país chegou à COP-26 com metas tão claras para redução das emissões de gases do efeito estufa quanto o Brasil, principalmente com o Plano ABC+, de agricultura de baixo carbono. Agora, o País precisa manter tudo o que foi proposto, especialmente o descolamento da agropecuária do desmatamento ilegal. As iniciativas do agro em Glasgow reduziram resistências ao País.

O fato de o Brasil aderir, logo no início da COP-26, a compromissos de reduzir desmatamento, recuperar 18 milhões de hectares de florestas e de diminuir a emissão de metano contribuiu para que os países que viam de forma crítica a delegação brasileira diminuíssem resistências. Essas iniciativas trouxeram o Brasil de volta às negociações. Sobre a redução das emissões de metano, o Brasil pode conseguir chegar a 30% de redução apenas com a recuperação de pastagens, sendo que 20% é uma estimativa certeira e 10% uma perspectiva mais conservadora. Quando se recupera o pasto degradado, aumenta a oferta de alimento para o boi e ele engorda mais rápido. Assim, é possível antecipar de 36 meses para 24 meses o tempo de abate, e isso é 1 ano a menos de emissão de metano. Sobre a COP-26, infelizmente, a questão do financiamento de ações para mitigar as emissões agropecuárias "não passou".

Há grande defesa de interesse de países desenvolvidos, que não abrem mão do seu modelo de desenvolvimento, baseado em geração de energia fóssil. A Yara Brasil mencionou, no mesmo painel, que a companhia de fertilizantes já adota várias iniciativas para mitigar emissões de gases do efeito estufa. Há um programa de produção de amônia verde em desenvolvimento, com produção de biogás a partir de vinhaça e torta de filtro, resíduos da indústria de cana. A empresa terá uma redução relevante de 80% das emissões no processo produtivo, além do que se trata de economia circular, quando se olha o fertilizante retornando para a cana-de-açúcar. Foi fechado um contrato inicial para obtenção desse biogás. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.