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25/Nov/2021

Crescendo a perda de confiança dos consumidores

A queda de 1,4 ponto no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na passagem de outubro para novembro, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), confirma a tendência de deterioração do indicador nos últimos meses, após uma alta pontual no mês anterior. A queda de novembro foi a terceira nos últimos quatro meses, com destaque para o tombo de 6,5 pontos do indicador na passagem de agosto para setembro. Havia retomada de confiança após a segunda onda de Covid-19, mas isso perdeu força. Tem a ver com inflação elevada, com um mercado de trabalho que se recupera muito lentamente, o maior endividamento das famílias de baixa renda.

A análise desagregada dos componentes do ICC traz pontos negativos e positivos para os próximos meses. As faixas de renda mais baixas exibem uma situação pior de confiança. Em novembro, o índice caiu 0,6 ponto para as famílias com renda de até R$ 2.100,00 para 63,1 pontos. O início do pagamento do Auxílio Brasil (novo nome do Bolsa Família), que também teve o benefício aumentado, não deve ser suficiente para melhorar a confiança entre os mais pobres.

Com aumento da taxa de juros para conter a inflação de oferta e a perspectiva de crescimento baixo da economia no ano que vem, esse cenário não ajuda que a confiança melhore. Os consumidores de faixa de renda mais alta também perceberam desaceleração das perspectivas para os próximos meses por conta desses cenários. O que existe de positivo no cenário é a demanda por serviços, que ainda está em crescimento. A pesquisadora lembra que as famílias de mais alta renda estão com alguma reserva financeira e querem demandar, sobretudo, serviços de viagem e lazer. Isso representa uma perspectiva favorável para consumo represado no setor de serviços, vindo das faixas de renda mais alta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.