24/Nov/2021

Segundo o Ministério da Agricultura, o cenário para a agricultura brasileira em 2022 passa pelo imenso desafio da inflação de custos agrícolas. Vai aumentar a demanda por crédito e recursos para subvenção de seguro rural dentro do Plano Safra 2022/2023. O Plano Safra 2022/2023, principal política pública brasileira de crédito para agricultura, prevê recursos para uso de 1º de julho de 2022 a 30 de junho de 2023, ou seja, para custeio e investimento da safra que será plantada a partir de setembro do ano que vem. A pasta entende que precisará de mais recursos para subvenção da safra 2022/2023 em virtude da elevação de custos para produção agrícola em meio à restrição orçamentária. Há o cenário de restrição orçamentária muito forte em 2022.

Por isso, o trabalho é para destravar e modernizar ferramentas financeiras ao produtor rural. O Mapa está em busca de ajustes legais para que seja possível incrementar finanças privadas no crédito ao agro. Entre estes instrumentos foi citada a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. No aspecto das finanças privadas, a expectativa é de que com estes mecanismos haja possibilidade de driblar a limitação de recursos para 2022. Outro desafio de crédito ao setor será ampliar o crédito rural focado em fomento à sustentabilidade. O governo trabalha em incentivar cada vez mais este crédito e a alta na demanda deve gerar concorrência por recursos que estão escassos. Os elevados custos agrícolas devem pressionar ainda o aumento dos recursos para subvenção do prêmio por seguro rural, já que as lavouras e as commodities estão mais caras.

A estimativa é atingir R$ 1,3 bilhão em subvenção ao prêmio de seguro rural neste ano. Programa que é fundamental para a sustentabilidade econômica do setor como um todo. A expectativa é de acomodação de cotações das commodities agrícolas em 2022 e 2023 com recuperação de área e produção nos Estados Unidos. Sobre os custos, a previsão é de crescimento do custo de produção ainda em 2022. Pode vir algum alívio com queda de preço de fertilizantes em 2022. Hoje, a relação de troca entre adubo e commodity não está tão ruim quanto já esteve ao fim de 2018, mas o produtor está sentindo perda de rentabilidade, o que preocupa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.