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24/Nov/2021

Sustentabilidade na agricultura une Brasil e China

Na abertura do 1º Fórum Brasil-China de Biotecnologia, Agricultura e Sustentabilidade, realizado nesta terça-feira (23/11) pelo Conselho Empresarial Brasil China (CEBC), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou que a agricultura verde e de baixo carbono pode promover a parceria entre Brasil e China e ajudar os dois países a se desenvolverem em conjunto. A agricultura, com crescimento verde de baixo carbono, tem hoje grande relevância; pode promover nossa parceria e evoluir conforme os critérios de eficiência, segurança, conservação de recursos e sustentabilidade ambiental para o alcance do desenvolvimento sustentável. Entre os pontos importantes que os países devem observar no campo da biotecnologia, ele citou pesquisa e desenvolvimento de sementes, agricultura de baixo carbono, finanças verdes e agricultura inteligente.

Sobre produção de sementes, o embaixador afirmou que o Brasil está entre os maiores produtores de culturas geneticamente modificadas, com cadeia produtiva sólida e tecnologia avançada. Ele também destacou, lembrando da agricultura de baixo carbono, que na campanha de vendas online de 11 de novembro, a maior do gênero no gigante asiático, alimentos orgânicos tiveram maior taxa de aumento de vendas, o que ilustra o crescimento da atenção que consumidores chineses dão à segurança e à sanidade. Para Wanming, os dois países podem cooperar mais em investimento e agricultura verde. Quanto à agricultura inteligente e tecnologia, ele destacou o benefício do 5G para a agricultura e afirmou que as fazendas brasileiras são propícias a isso por serem, em boa parte, de grande extensão. Projetos pilotos em Goiás e Paraná mostram a tecnologia que vem para monitorar a saúde das culturas agrícolas com o objetivo de responder aos problemas com mais rapidez, disse o diplomata.

Estima-se que essa aplicação poderá aumentar a produção anual em pelo menos 6% e reduzir os custos em mais de 30%. A Embaixada do Brasil em Pequim afirmou que novas tecnologias devem contribuir para a agricultura de baixo carbono. Foi citado um alimento para animais que reduz a emissão de gases pelo gado. Esses pellets, que acompanham rações animais, permitem decompor o metano e contribui enormemente para tornar todo o ciclo de produção da carne mais sustentável. Na China, um instituto anunciou recentemente avanços na possibilidade de se sintetizar proteínas a partir de fontes de monóxido de carbono e nitrogênio. Se produz ração animal a partir de gases poluentes. Porém, essa proteína pode ser usada no lugar da soja, o que cria um sinal de alerta para a exportação brasileira desse produto ao gigante asiático. Segundo a China Seed Association, Brasil e China têm ampla gama de oportunidades para cooperação bilateral na área de agricultura, especialmente no campo da biotecnologia.

Já foi desenvolvido uma variedade de soja em parceria com a Argentina, e a China autorizou a importação do produto. O Brasil é um grande exportador de soja para China, 60% da soja que o país asiático compra vem do Brasil, então é possível desenvolver uma variedade semelhante e essa soja pode ser exportada para China. Também pode haver parceria em melhoramento genético. A China vem avançando rapidamente no campo da biotecnologia, e esse ramo da ciência tem importante papel na sustentabilidade chinesa por ter reduzido custos e riscos com clima, pragas e falta de nutrientes. Atualmente, o gigante asiático tem três tipos de soja e milho resistentes a insetos, que já estão certificados e amplamente usados. Além disso, a China deixou de ser apenas importadora de pesquisa de transgênicos e agora tem suas próprias tecnologias e produtos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.