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24/Nov/2021

Mundo está entrando na quarta onda de Covid-19

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia de Covid-19, mas as regiões tiveram comportamento diferente em relação à pandemia. Na região das Américas, há uma transmissão comunitária continuada, com pequenos picos, enquanto a Europa está entrando de novo em uma ressurgência de casos. Não foram feitas previsões específicas para o Brasil, que tem assistido nas últimas semanas a uma queda sustentada de internações e mortes, além de ver avanço significativo na vacinação. O aumento no número de casos da doença tem levado países a ampliar o acerto contra não imunizados. A Áustria, por exemplo, impôs um lockdown específico contra esse grupo. A estratégia visa a evitar o surgimento de novas cepas, como a Delta, identificada originalmente na Índia e depois responsável por acelerar o contágio em diversas regiões do planeta. Para a OMS, é provável que haja uma transmissão continuada do vírus por conta das variantes.

Segundo se observa nas curvas epidêmicas, há países com ondas repetidas, com transmissão contínua e há ainda aqueles que tiveram um controle não sustentado no início da pandemia e que agora têm picos agudos de contaminação. Entre os fatores que continuam influenciando na transmissão do Sars-Cov-2 destacam-se quatro pontos. O primeiro são as variantes mais transmissíveis, como a Delta. Atualmente, conforme mapeamento genético realizado pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), a Delta corresponde a mais de 97% das variantes em circulação no País. O segundo aspecto é o fato de grande parte da população seguir sem acesso às vacinas. Dados da OMS apontam que menos de 5% das pessoas de países de baixa renda (grande parte na África e na Ásia) receberam ao menos uma dose de vacina anticovid, mesmo com mais de 7,5 bilhões de doses tendo sido aplicadas no mundo. A inequidade no acesso à vacina é o maior desafio ético do nosso tempo.

Por fim, o terceiro e quarto fatores seriam o aumento das interações sociais, com o fim das medidas de isolamento, e ainda a desinformação em relação às formas de lidar com o vírus. Entre os dias 21 e 22 de novembro, foram confirmados mais de 440 mil casos em todo mundo e um total de 6,7 mil óbitos. Com isso, o planeta chegou a 255 milhões de diagnósticos positivos da doença e já contabiliza 5,1 milhões de vítimas. É claro que isso reflete uma enorme subnotificação em vários continentes. Sobre os possíveis cenários para o futuro, é destaque o papel das vacinas e, mesmo não tendo impacto significativo na transmissão, elas diminuem a severidade da doença e a mortalidade. Há dados robustos, como do Reino Unido, que mostram uma dissociação de casos e óbitos, por conta da vacinação. Pelo que se observa pelas informações atuais, havendo altos níveis de imunidade populacional em todos os países, a mortalidade pela doença poderá reduzir significativamente.

Os surtos de contaminação pela doença até podem continuar acontecendo entre grupos suscetíveis, como os não vacinados, mas para este caso é necessário intensificar o processo de conscientização. A vacinação sozinha não consegue conter transmissão, o que torna também importante o monitoramento contínuo da situação epidemiológica e a adoção de medidas. É bastante preocupante a discussão sobre o Carnaval no Brasil, pois é uma condição extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária. É preciso planejar as ações para 2022. Um outro ponto é que há uma associação forte entre a cobertura vacinal e o uso de máscaras, o que também acaba sendo um fator de atenção até para países cuja vacinação avançou. Quanto maior é a cobertura vacinal, menor é o uso de máscaras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.