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23/Nov/2021

Dólar em baixa após 5 sessões seguidas de altas

O dólar pausou a série recente de altas e fechou em leve baixa nesta segunda-feira (22/11), mas ainda muito perto de R$ 5,60, evidência do maior prêmio de risco oriundo de persistentes incertezas locais e da força global da moeda norte-americana. O dólar caiu 0,29%, depois de cinco altas seguidas em que somou ganho de 3,84%. A cotação variou de R$ 5,61 (+0,08%) a R$ 5,56 (-0,85%). O Real teve um dos melhores desempenhos entre as principais moedas, em um dia em que a moeda norte-americana bateu máximas em 16 meses ante uma cesta de rivais. O mercado vê continuidade da redução de estímulos e possível aumento antecipado de juros nos Estados Unidos diante da recondução de Jerome Powell à chefia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) por mais quatro anos.

Pares emergentes do Real, como peso mexicano (-0,7%) e rand sul-africano (-0,8%) voltavam a cair, enquanto a lira turca (-1,8%) novamente era alvo de liquidação e renovou mínimas recordes. No Brasil, o mercado começava a prestar mais atenção no cenário político que se desenha conforme o noticiário eleitoral esquenta, com mais informações sobre pré-candidatos para a Presidência da República em 2022. Enquanto isso, as discussões sobre o andamento da PEC dos Precatórios seguem na mira de investidores. A expectativa é que ainda nesta semana o parecer da PEC seja lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, antes de ir ao plenário da Casa (o que deve ocorrer até o dia 30 de novembro). O mercado tem se incomodado com debates sobre tornar permanente o Auxílio Emergencial no valor de R$ 400,00, que vai até o fim de 2022, mas por outro lado vê chances de fatiamento da peça como um meio de aprová-la de forma mais rápida.

Segundo o Itaú Unibanco, o cenário para o câmbio segue inspirando cautela. O banco manteve a projeção para o dólar em R$ 5,50 ao fim de 2021 e 2022, mesmo com a perspectiva de alta maior de juros no Brasil do que em outros mercados emergentes. Juros mais altos teoricamente elevariam a atratividade para investimentos na renda fixa brasileira, fluxo esse que aumentaria a oferta de dólares e poderia baixar o preço da moeda. No entanto, as incertezas domésticas (especialmente relacionadas à evolução das contas públicas nos próximos anos) somadas ao cenário global que tem se mostrado desafiador para ativos de risco (com aumento de pressões inflacionárias globais e antecipação da elevação dos juros nos Estados Unidos) ainda pressionam o Rela. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.