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22/Nov/2021

Amazônia: governo minimiza dados sobre desmate

Um dia após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informar o maior índice de desmatamento dos últimos 15 anos na Amazônia Legal, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo ainda avalia os números para "ver qual a realidade". O general, que também é presidente do Conselho da Amazônia, negou ter visto os dados antes da Cúpula do Clima da ONU, a COP-26. Ele disse ter tomado conhecimento dos números apenas na quinta-feira (18/11) e não acreditar em atraso na divulgação de forma proposital.

Ele minimizou os dados, afirmando que é preciso olhar o tamanho da Amazônia. A Amazônia Legal tem 5 milhões de Km². Então, segundo Mourão, se houve 13 mil Km² de desmatamento, isso dá 0,23% da Amazônia que teria sido desmatada. Na avaliação do general, existe uma pressão de ocupação da floresta vindo das pessoas que moram no Centro-Sul. Mourão declarou que trabalhava com os números do Deter, outro sistema de medição.

A projeção era que o desmatamento ficasse 5% abaixo do ano anterior, mas o Inpe fez uma revisão do ano anterior. Vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o Inpe publica dados consolidados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélites (Prodes), reconhecidos por especialistas como a informação técnica mais precisa sobre desmatamento na Floresta Amazônica.

Na quinta-feira (17/11), o órgão divulgou que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram desmatados 13.235 Km² da Amazônia Legal, o maior volume em uma década e meia e 21,97% maior que o registro no mesmo intervalo de 12 meses anterior. O documento do Inpe, no entanto, está datado de 27 de outubro, levantando suspeitas de que o governo poderia ter escondido o salto no desmatamento por 22 dias e o divulgado apenas depois da COP-26. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.