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17/Nov/2021

Investimentos “verdes” poderão ser vantajosos

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasgow, na Escócia, terminou no dia 12 de novembro. Mas, toda a discussão sobre sustentabilidade pode ter despertado a curiosidade do investidor que quer entender mais ou aprofundar as aplicações na carteira conforme os quesitos ambiental, social e de governança (ESG). O primeiro ponto que o investidor deve avaliar é que ter aplicações ESG no portfólio é, sim, vantajoso e rentável. Para especialistas, a desconfiança de que algo que é sustentável ou ESG não é capaz de dar bons retornos é um dilema já superado. Esse dilema entre ESG e rentabilidade é absolutamente um mito. Os produtos ESG estão disponíveis em diversas modalidades, como fundos de investimentos em ações, Imobiliários (FIIs), em Direitos Creditórios (FIDCs), em Participações (FIPs), ou nos chamados bonds, instrumentos de dívida como títulos verdes, sociais, de sustentabilidade ou vinculados à sustentabilidade.

Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), só aceitar o carimbo “ESG”, “Verde” ou “Impacto” no nome do produto não resolve nada, e o investidor que quer ir além do marketing que se desenha ao redor do tema precisa empenhar algum tempo em análise, além de se empenhar nas conversas com gestores de recursos quando possível. No caso de fundos com essa classificação, o alocador deve levantar algumas questões, como: qual tipo de abordagem o fundo usa? A equipe da gestora é qualificada para essa abordagem? Qual porcentual da carteira do fundo está alocado em empresas verdadeiramente envolvidas com ESG? Há empresas na lista que estejam na contramão desses princípios? As empresas mais populares “da vitrine ESG” são as que trazem rentabilidade para essa carteira? Cada vez mais populares, selos ESG e indicadores de sustentabilidade aparecem para oferecer um filtro ao investidor que quer se engajar, mas não consegue fazer uma avaliação mais refinada dos produtos disponíveis.

Um exemplo é a iniciativa da Órama Investimentos, que há um ano “carimba” em sua plataforma fundos que seguem estratégias sugeridas por instituições como a Global Sustainable Investment Alliance: triagem negativa/excludente; triagem positiva/melhor da classe; triagem baseada em normas; integração ESG; investimento com tema de sustentabilidade; investimento na comunidade/de impacto; e engajamento corporativo e ação dos acionistas. Atualmente, dos 15 fundos com selo, 11 apresentam rentabilidade superior aos do Ibovespa neste ano. A Órama, conta que o selo surgiu a partir de pesquisas de marketing e de interesse dos investidores, além de uma intenção de destacar gestoras engajadas no tema e incentivar as demais. Outros parâmetros que o investidor pode ficar de olho são os do Principles for Responsible Investment (PRI) ou índices de sustentabilidade que estão sendo preparados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.