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11/Nov/2021

BNDES: financiamento para restaurar as florestas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quarta-feira (10/11), um financiamento coletivo com o objetivo de arrecadar até R$ 500 milhões para apoiar programas de restauração de florestas nativas e bacias hidrográficas. Chamado de “Floresta Viva”, o ‘matchfunding’ prevê que as empresas que aportarem recursos terão suas doações dobradas, com aporte do BNDES. O novo programa foi apresentado no pavilhão do Brasil durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-26), em Glasgow, na Escócia. Os recursos serão aplicados na recuperação de florestas em áreas de proteção permanente e áreas de reserva legal de pequenas propriedades. Para viabilizar a iniciativa, o BNDES conversou com mais de 40 empresas. Em sua primeira fase, a Floresta Viva vai dispor de, pelo menos, R$ 140 milhões, sendo metade do BNDES. Já confirmaram participação Petrobras, Vale (Fundo Vale), Heineken, Itaipu Binacional, Coopercitrus, Philip Morris Brasil e Estado do Mato Grosso do Sul. Outras instituições estão em negociação para aderir ao projeto.

Mesmo antes de fazer publicamente a chamada, já há sete parceiros. É uma variedade grande de empresas, públicas e privadas, abertas e fechadas, brasileiras e internacionais. São recursos não reembolsáveis, mas o crédito de carbono gerado pode voltar para a empresa, para ser negociado e aposentado. As empresas podem ter até lucro. As iniciativas de reflorestamento de terras indígenas, quilombolas ou de comunidades tradicionais também serão contempladas pelo programa, que almeja restaurar de 17 mil a 33 mil hectares de mata nativa em todo o País. Nos cálculos do banco, isso seria suficiente para remover algo como 9 milhões de toneladas de carbono equivalente da atmosfera em 25 anos. O programa tem previsão de duração de sete anos, com possível extensão por mais dois anos. Os recursos serão aplicados na aquisição de sementes, mudas, insumos, equipamentos e cercas, além da implantação de viveiros de mudas e capacitação profissional. Segundo o banco, são passíveis de apoio as atividades para elaboração, aprovação, validação, verificação e emissão de créditos de carbono associadas aos projetos.

Os recursos serão geridos por uma gestora com experiência em projetos ambientais, a ser selecionada por meio de edital. A ideia é que a seleção ocorra até o fim do ano. Já a primeira chamada de projetos do programa pode ocorrer até o fim do primeiro trimestre de 2022. A ideia é que cada projeto possa receber investimento de, no mínimo, R$ 5 milhões. O BNDES tem em carteira R$ 120 bilhões em "financiamento verde" para os próximos cinco anos, sem contar capital imobilizado por outras instituições. O banco está realocando o Estado, diminuindo de um lado e aumentando no social e ambiental. O desafio do País atualmente está no social, com o relevante aumento da pobreza e da miséria, especialmente após a pandemia. Quando se fala de Brasil, inclusão social é o grande desafio. Sobre a redução do tamanho do Estado, os leilões de 5G e da Nova Dutra, realizados na semana passada, preveem quase R$ 60 bilhões de investimentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.