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11/Nov/2021

COP-26: investimentos para financiamento verde

O Bank of America (BofA) calculou que são necessários US$ 150 trilhões nos próximos 30 anos para conter os impactos causados pela variação climática do globo. O volume é o triplo do projeto de estímulo para a crise causada pela pandemia de Covid-19 nesta década e significa que, a partir de hoje, seria preciso investir US$ 5 trilhões todos os anos durante as próximas três décadas, mais do que a base tributária dos Estados Unidos. O relatório do banco foi divulgado no mês passado, mas vem sendo usado pelo ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite, para defender seu ponto de que o acordo de US$ 100 bilhões por ano de financiamento na área de sustentabilidade dos países ricos às nações em desenvolvimento é insuficiente.

Às vezes parece improvável que a neutralidade líquida possa ser alcançada. Certamente será caro, mas pode ser feito com a união de forças de tecnologia, economia, mercados e ESG (padrões ambientais, sociais e de governança). A equipe de pesquisadores da instituição também estimou que a descarbonização possa aumentar a inflação global em até 3% ao ano, o que vem sendo chamado de “greenflation”. No cenário de neutralidade líquida de emissões, os preços do CO2 podem precisar chegar perto de US$ 200,00 por tonelada se a Agência Internacional de Energia assumir quase US$ 5 trilhões de investimentos anuais de agora até 2050.

No entanto, o custo da inação poderia ser mais significativo: mais de 3% do PIB poderia ser perdido todos os anos até 2030, crescendo para US$ 69 trilhões em 2100. O documento diz ainda que cerca de 5% (aproximadamente US$ 2,3 trilhões) do valor do mercado acionário global poderia ser eliminado permanentemente pela repactuação da política climática, com um impacto potencialmente extremo nos ganhos corporativos de certos setores. A grande expectativa para esta COP é que se chegue a um consenso sobre as regras que vão balizar o mercado de carbono global mandatório. O evento acaba na sexta-feira (12/11), mas já se conta que as discussões poderão ser continuadas no final de semana. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.