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10/Nov/2021

COP-26: Brasil quer mais recursos de países ricos

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o compromisso dos países ricos de disponibilizar US$ 100 bilhões por ano para que países em desenvolvimento possam aplicar em ações de menor impacto sobre as mudanças climáticas é uma quantidade pequena a ser voltada para esse fim. O desafio global é uma transição na direção da neutralidade rápida, mas responsável. Isso significa que é preciso mais do que os US$ 100 bilhões por ano. O setor privado entrou nessa corrida para a neutralidade de carbono em 2050 e governo e Congresso juntos, devem trazer a estrutura e as políticas públicas para que isso aconteça. A questão é que, até o momento, nem sobre os US$ 100 bilhões já houve avanços práticos. Para Leite, o Brasil conseguiu mostrar movimentos ambiciosos durante a primeira semana de participação em Glasgow.

O País está conseguindo fazer negociações importantes pelos interesses nacionais, principalmente em relação a financiamento de clima. A solução para uma nova economia verde neutra em emissões está no incentivo, no empreendedorismo, no juro verde, que é o que faz com que o projeto fique de pé. Algumas regiões do Brasil precisam de muito apoio para transformar uso de combustível fóssil em energia limpa. O ministro destacou que o governo federal conseguiu desenhar uma boa base de programa de crescimento verde, citando reflorestamento e cumprimento de metas. Ele também citou que um dos desafios é como remunerar o Estado que preserva mais, como uma atividade vai gerar riqueza no território, como na Caatinga e na Amazônia. O Brasil tem mais de 60% do território preservado com floresta nativa e precisa gerar o emprego e a renda para quem preserva a floresta nativa. Uma das saídas é o mercado de carbono.

Joaquim Leite ressaltou os compromissos firmados pelo Brasil durante a Convenção do Clima (COP-26), como a meta de neutralidade de carbono até 2050, fim do desmatamento até 2028 e a assinatura no compromisso de redução de 30% da emissão de metano até 2030. Agora, o momento é dos grandes países (União Europeia, os países ricos, o G7) mostrarem também um movimento claro para trazer uma solução. E a solução é econômica, a emergência é financeira, afirmou. O governo, conforme o ministro, deixou claro que os bancos federais têm US$ 50 bilhões alinhados com essa nova economia verde. O governo federal entende que o futuro é verde, mas o presente do Brasil já é verde também. Segundo ele, os exemplos mostrados durante a COP são políticas e atividades que já ocorrem no País, como a de redução de emissão de metano. O Brasil tem políticas públicas, tem leis e ações do governo. Para o ministro, o maior desafio que existe no Brasil é criar o serviço de defesa ambiental em suas diversas formas.

Isso virá de carbono, de ecoturismo, de bioeconomia e de empreendedorismo. Outro grande desafio apontado é o financiamento do clima, principalmente para países mais frágeis do que o Brasil. Na COP-26, que conta com 194 países participantes, o papel do Brasil, conforme ele, é criar um consenso multilateral para que se rume de forma justa para uma nova economia verde. O grande desafio é o financiamento. É acelerar na direção de uma nova economia verde. A saída para isso é por meio de incentivo e inovação. Os próximos dias de evento serão de muitas negociações. Leite voltou a dizer que especialmente os países ricos têm de contribuir efetivamente com os recursos, enquanto os países que geram mais emissões também têm que aderir a todas as políticas que o Brasil já tem internamente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.