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09/Nov/2021

Ações para elevar metas de redução de emissões

Um grupo de sete empresas organizado pelo Instituto Ethos: Aché, Ambiensys Gestão Ambiental, Green4T, Natura & CO, OEC (novo nome da construtora Odebrecht), Servmar Serviço Técnico Ambientais e Synergia Consultoria Socioambiental lançará, nesta terça-feira (09/11), um documento propondo ações para aumentar as metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. O lançamento será num evento paralelo à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que ocorre desde a semana passada, em Glasgow (Escócia). Uma redução maior nas emissões de gases está alinhada com a ideia de aumento da ambição com as metas em negociação pelos países em Glasgow.

Para o Instituto Ethos, quando se olha o compromisso global de chegar a 2030 com emissões líquidas zero e, em 2050, a emissões brutas zero, é necessário avaliar se não é possível acelerar muito mais. Os compromissos de 2030 e 2050 colocam a necessidade de avaliar se, nos próximos dez anos, não é preciso acelerar a redução de emissão de gases. Quem colocou metas menos ambiciosas também tem que refletir sobre a necessidade de acelerar. As ações voltadas para as cadeias de fornecedores são a principal contribuição das empresas para evitar emissões de gases do efeito estufa, embora a pressão por mais fiscalização ao desmatamento por parte dos governos deva ser reforçada.

Em relação à cadeia de fornecedores, a ideia é banir insumos que tenham qualquer relação com o desmatamento. Também entram aí ações que fortalecem as economias locais, capacitando fornecedores de insumos oriundos das florestas, como no caso das castanhas do Brasil usadas em pães, por exemplo. O controle das cadeias de fornecedores não é simples, especialmente em relação a subfornecedores. A saída, aí, é investir em tecnologia, como na rastreabilidade das matérias-primas. Mesmo na cadeia da pecuária, essa agenda vem avançando. A tecnologia que não precisa ser só de satélite, pode ser social, incluir o treinamento de pessoas.

No caso da pressão sobre os governos, o documento organizado pelo Ethos traz recomendações de ação. São sugeridas cinco medidas emergenciais, a serem endereçadas ao governo federal: uma “moratória” do desmatamento da Amazônia, penas mais duras para crimes ambientais e desmatamento, a retomada imediata do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), a demarcação de terras indígenas e Unidades de Conservação e a reestruturação dos órgãos federais Ibama, que cuida da fiscalização da legislação ambiental, ICMBio, responsável pela administração dos parques nacionais, e Funai, dedicada às populações indígenas.

Seria preciso mudar a política ambiental federal para conseguir cumprir as metas de redução da emissão de gases assumidas pelo Brasil, com foco no combate ao desmatamento. Na visão do Instituto Ethos, a pressão social, do empresariado e de investidores financeiros, além dos consumidores, tem surtido efeito para conter danos, evitando que leis que piorem ainda mais a política ambiental sejam aprovadas no Congresso Nacional. A questão ambiental estará no debate eleitoral de 2022 e poderá levar a mudanças. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.