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09/Nov/2021

COP-26: experiências do Brasil para mitigar GEE

A disseminação de técnicas produtivas sustentáveis a todos os produtores rurais, com apoio especial aos pequenos, é o caminho para impulsionar um comércio agrícola socialmente inclusivo, economicamente lucrativo e positivo para o meio ambiente. E o Brasil pode compartilhar suas experiências, como as técnicas desenvolvidas pela Embrapa e o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com países semelhantes, ajudando a promover resiliência, adaptação e mitigação de emissões de gases do efeito estufa. Essa foi a mensagem levada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para discutir o Diálogo sobre Florestas, Agricultura e Comércio de Commodities (FACT) durante a COP26, em Glasgow.

Não é possível exigir padrões de sustentabilidade, transparência e rastreabilidade sem qualificar, de forma concomitante, os produtores para atendê-los. Do contrário, corre-se o risco de criar um sistema de exclusão, condenando os produtores menos eficientes à pobreza e ao uso de práticas predatórias. A pesquisa e a inovação constituem a base do progresso alcançado pelo Brasil na produção agrícola e pecuária. O Brasil subscreve a declaração conjunta e esteve engajado em todos os grupos de trabalho do Diálogo FACT e continuará atuando de forma proativa, buscando parcerias e uma abordagem inclusiva. A agricultura é parte da solução. Através do diálogo FACT, será possível transformar essa máxima em realidade.

O Diálogo FACT (Forest, Agriculture and Commodity Trade) é um plano histórico de colaboração apoiado por 28 países para combater o desmatamento por meio do comércio global sustentável em commodities agrícolas. Ministros, líderes empresariais e representantes da sociedade civil destacaram iniciativas para cumprir o desafio de evitar que o aquecimento global ultrapasse um aumento de 1,5°C protegendo e restaurando florestas e ecossistemas ricos em carbono. Em outro painel, o Ministério da Agricultura destacou as tecnologias de baixa emissão de carbono já adotadas na agropecuária brasileira e as metas para a próxima década, com o Plano ABC+. Por meio da disseminação de técnicas de produção sustentáveis, o objetivo é disseminar as tecnologias de baixa emissão de carbono a mais 72 milhões de hectares de terras agricultáveis, promovendo ganhos de produtividade em terras agrícolas já consolidadas, sem a necessidade de converter novas áreas à atividade produtiva.

O Brasil não precisa derrubar nenhuma árvore de forma ilegal. A agricultura brasileira é movida a ciência e, nos últimos 50 anos, o País desenvolveu um modelo de agricultura tropical baseado em pesquisa e inovação que conjuga de forma singular os três pilares da sustentabilidade. A partir de investimentos na tropicalização de variedades de plantas e animais, no desenvolvimento de práticas produtivas adaptadas às condições naturais do nosso território e na qualificação de nossos produtores, o Brasil deixou de ser um país importador líquido de alimentos e atingiu a condição de terceiro maior exportador mundial de alimentos, fibras e bioenergia. O Brasil quer compartilhar essa experiência com países de realidades semelhantes, especialmente os países da África, que fazem parte do mesmo cinturão tropical. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.