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09/Nov/2021

EUA elogiam a participação do Brasil na COP-26

Os Estados Unidos reconheceram que o Brasil fez anúncios significativos na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 26), em Glasgow, na Escócia. Apesar de perceberem a mudança de postura, os acenos brasileiros na pauta ambiental, que são uma prioridade na diplomacia dos Estados Unidos, ainda não foram suficientes para destravar a relação de mais alto nível entre os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden. Biden tomou posse em janeiro, após as rusgas da campanha eleitoral em que Bolsonaro apoiou o derrotado Donald Trump. Houve trocas de cartas protocolares entre os presidentes, mas eles nunca mantiveram conversas reservadas. Durante o encontro do G20, na Itália, Bolsonaro não conseguiu espaço na agenda de Biden.

O chefe da embaixada norte-americana em Brasília afirmou que há comunicação constante entre vários níveis de governo. A relação entre os países é ampla, em várias áreas, e se dá também por meio de outras esferas de governo e com a sociedade civil. Os Estados Unidos afirmam que estão satisfeitos com os anúncios do Brasil, minimizando as pressões norte-americanas pela adesão de Brasil aos acordos globais para proteção de florestas e para redução do gás metano em 30%, até 2030. Diplomatas norte-americanos têm reiterado uma postura otimista em relação às regras do Acordo de Paris para estabelecer o mercado global de carbono. Do lado do Brasil e dos europeus, há mais ceticismo, sobre o chamado “Artigo 6”.

As negociações envolvem o aproveitamento de créditos passados gerados por mecanismos previstos no Protocolo de Kyoto, transparência para evitar a dupla contagem entre quem vende e quem compra excedentes de carbono, entre outros pontos. Diplomatas norte-americanos em Brasília dizem que nenhum país fez o suficiente para evitar um colapso climático. Eles cobram mais ambições e o aumento de esforços globais. O Brasil antecipou a meta de neutralidade nas emissões para 2050, prometeu zerar o desmatamento ilegal em 2028 e reduzir as emissões de gases em 50% até 2030. Nem o Brasil, nem os Estados Unidos, porém, assinaram ainda um acordo para acabar com o uso de carvão como fonte de energia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.