ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Nov/2021

A precarização crescente no mercado de trabalho

A precarização do trabalho por conta própria, o popular “bico”, avança a passos largos, como reflexo do desemprego elevado e do fraco desempenho da economia. Entre o segundo trimestre de 2019 e o segundo deste ano, aumentou em mais de 2 milhões o número de brasileiros, sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal, com remuneração máxima de um salário-mínimo por mês (R$ 1.100,00). No segundo trimestre de 2019, esse contingente representava 48,2% dos trabalhadores que atuavam por conta própria. Hoje, já é mais da metade (55,6%).

É o que revela estudo feito pela consultoria IDados a partir da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo foi conhecer quem é o trabalhador por conta própria, praticamente a única forma de ocupação que cresce significativamente no País. O “por conta própria” é um informal que obtém remuneração a partir dos bens ou serviços que produz. Atualmente, esse grupo soma mais de 25 milhões de pessoas, ou 28,3% dos ocupados. No período analisado, 709,5 mil começaram a exercer atividade nessa condição. Também o número de brasileiros com curso superior trabalhando por conta própria cresceu no período, em 643,6 mil pessoas.

O aumento de mais de 2 milhões recebendo até um salário-mínimo e o acréscimo de cerca de 700 mil trabalhando por conta própria revela que, mesmo entre aqueles que já estavam nessa condição, boa parte passou a obter uma remuneração menor. É uma maior precarização de um tipo de trabalho que sempre foi precarizado, face ao trabalho com carteira assinada. Esse movimento é atribuído à pandemia. Com muitos brasileiros desempregados há mais de dois anos, mesmo os mais qualificados aceitam trabalhar ganhando menos para escapar dessa situação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.