ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

09/Nov/2021

Risco fiscal: investidor estrangeiro foge do Brasil

A participação do Brasil nas carteiras de investidores estrangeiros chegou à mínima histórica por conta de uma combinação de maior aversão aos riscos, com a expectativa de subida de juros nos Estados Unidos (que deve drenar recursos dos países emergentes) e preocupações com a crise fiscal no Brasil, agravada com a tentativa de “furar” o teto dos gastos. Considerando os fundos dedicados aos mercados emergentes, o País tem hoje uma fatia de 5,1%. No auge, em 2011, essa participação era de 16,4%. Já nos fundos globais, que compram ações em todo o mundo, a fatia do Brasil é de 0,23%, ante participação que chegou a 1,94% no fim de 2009, conforme relatório do BTG Pactual. Nos fundos dedicados à América Latina, o Brasil não está com a pior exposição histórica.

Hoje, está em 60,36%, menor nível desde 2019, mas acima do piso de 2015 (43,1%). Após fuga de US$ 51,2 bilhões pelo canal financeiro em 2020 (renda fixa e ações), dados do Banco Central mostram que este ano tem havido recuperação nos investimentos dos estrangeiros, mas de forma tímida. No ano, até outubro, o total é de US$ 1,8 bilhão. Pata a corretora Rico, isso é explicado por uma confluência de fatores domésticos e um internacional, diante de um movimento de aumento de taxas de juros. É comum, em épocas de juros muito baixos, a ampliação de investimentos de maior risco. Esse cenário agora mudou. Com isso, começa a ter um redirecionamento. Para a Toro Investimentos, o cenário interno tem ajudado a afastar investidores. A quebra da regra do teto dos gastos não foi bem avaliada. Uma das leituras é de que se o governo quebra uma regra, isso pode ocorrer com outras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.