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08/Nov/2021

Dólar fecha semana acumulando perdas no Brasil

O ambiente externo de apetite ao risco, na esteira de dados fortes do emprego nos Estados Unidos e do anúncio de testes positivos de novo medicamento contra a Covid-19, abriram espaço para uma rodada de fortalecimento do Real na sessão da sexta-feira (05/11). Afora uma ligeira alta na abertura dos negócios, a moeda americana trabalhou em baixa durante todo o pregão. Ao longo da tarde, como relatos de entrada de fluxos e ajustes de posições de grandes tesourarias, o dólar à vista até flertou romper o piso de R$ 5,50, ao descer até a mínima a R$ 5,50 - dez centavos a menos que a máxima da sessão (R$ 5,60). Com uma desaceleração do ritmo de perdas, a moeda americana encerrou o dia em queda de 1,49%, a R$ 5,5227. Vale ressaltar que a liquidez foi reduzida, com o volume negociado no contrato futuro para dezembro na casa de US$ 12 bilhões, o que, segundo operadores, deixa a formação da taxa de câmbio bastante suscetível a operações pontuais.

Seja como for, o tombo levou o dólar a encerrar a primeira semana de novembro em queda de 2,19%, após encerrar outubro em alta de 3,67%. Em setembro, a moeda já havia se valorizado 5,30%. No acumulado do ano, o dólar registra avanço de 6,44%. Contudo, ainda persistem preocupações com a tramitação da PEC dos Precatórios, o que torna muito pouco provável um movimento maior de apreciação do Real. Isso mesmo com a perspectiva de alta mais pronunciada da taxa Selic e de liquidez externa farta, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar que o BC americano pode ser paciente em relação à taxa de juros. Não existe nada definido do ponto de vista fiscal. A PEC foi aprovada com margem muito pequena e já tem partidos que se posicionaram contra. Haverá fortes resistências ao texto no Senado, liderado por Rodrigo Pacheco, pré-candidato à presidência. Não há elementos suficientes para se ter um dólar mais baixo no longo prazo. A questão fiscal brasileira ainda é a maior preocupação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.