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28/Out/2021

Clima: previsão para a safra de verão e a 2ª safra

O plantio da safra de verão (1ª safra 2021/2022) está avançando e com ritmo acelerado em algumas regiões do Brasil. Segundo a Climatempo, a regularidade das chuvas tem contribuído. Neste momento, a preocupação dos produtores é com um possível excesso de umidade. Mas a previsão do tempo traz boas notícias. No Rio Grande do Sul, a próxima chuva abrangente está prevista para o dia 2 de novembro e a condição para o próximo mês é ideal porque começa a fazer mais calor. Embora haja uma previsão de chuvas abaixo da média, não há expectativa de ausência de precipitações. Inclusive, haverá certa frequência na segunda quinzena de novembro. Sobre o La Niña, é natural uma expectativa de chuvas mais espaçadas e isso deve ser observado entre dezembro e janeiro. Em fevereiro, há previsão de chuvas mais frequentes. No ano passado, houve La Niña, mas choveu na hora certa. Situação semelhante pode ocorrer novamente.

Em Minas Gerais, áreas da região norte costumam ter um padrão mais chuvoso durante o La Niña e isso deve ser observado entre o fim de novembro e no decorrer de dezembro. Também há previsão de chuva forte entre fevereiro e março. Entre esses dois momentos, é normal ter um clima mais seco. Em áreas do Triângulo Mineiro e na região sul do Estado, a previsão é de chuvas relativamente frequentes. A preocupação neste ano é em relação a eventuais estiagens em fevereiro. Mas, ainda assim, uma precipitação inferior à média nem sempre significa ausência completa de chuva e, muitas vezes, pode ajudar na época da colheita da safra. No MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), é comum a ocorrência de tempo seco, de 15 a 20 dias de veranico. É importante monitorar o veranico entre janeiro e fevereiro, eventualmente coincidindo com períodos de florescimento e enchimento de grãos.

Em relação ao ano passado, a chuva está adiantada. Mas talvez não falte chuva no final do período, porque haverá precipitações mais frequentes em abril. A preocupação maior é com a segunda quinzena de janeiro e início de fevereiro, quando pode ocorrer estiagens. Na Região Sudeste, principalmente no Triângulo Mineiro (MG), norte de São Paulo e sul de Minas Gerais, para as culturas perenes, a diminuição das chuvas pode trazer algum efeito no final de dezembro, janeiro e, eventualmente, fevereiro. No geral, a situação deve ser de pancadas de chuva no fim de tarde ao invés de estiagem e ausência de chuva prolongada. Em São Paulo, na primavera, a chuva deve ficar acima da média e não está descartada a possibilidade de precipitações acima da média também no trimestre de outubro a dezembro. Para janeiro, fevereiro e março de 2022, porém, a chuva deve ficar mais fraca.

O que vem acontecendo agora, com chuva mais forte na primavera, será uma compensação, pois a chuva vai enfraquecer no verão. Mas não deve se repetir a situação de 2020, quando não choveu nem na primavera e nem no verão. Agora, a previsão é mais favorável para o estabelecimento das culturas. No verão, não haverá ausência completa de chuva e sim pancadas de fim de tarde. Mesmo com a chuva abaixo da média, a perspectiva é melhor para São Paulo e para a Região Sudeste de uma forma geral. Para a 2ª safra de 2022 no Brasil, a Climatempo destaca que a previsão não indica um inverno rigoroso, com grande adiantamento das ondas de frio. Porém, é importante acompanhar o clima na segunda quinzena de maio de 2022, que é o período em que as ondas de frio começam a entrar pelo Paraná e por Mato Grosso do Sul. Fonte: Climatempo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.