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28/Out/2021

Rupturas nas cadeias globais poderão se estender

A crise da cadeia de suprimentos que ameaça a economia mundial corre o risco de durar pelo menos mais um ano, a não ser que os governos interfiram para ajudar a atenuar o desabastecimento, alertou uma das maiores empresas mundiais de transporte marítimo. A Ocean Network Express (ONE), que transporta mais de 6% de todo o frete mundial acondicionado em contêineres, conclamou os governos a impulsionar os investimentos na capacidade dos portos, ferrovias, armazéns e sistemas rodoviários. É necessário que haja algum respaldo dos governos nessa esfera para talvez transferir pessoas de algumas partes da economia em que a demanda não é tão forte para partes mais decisivas da economia em que a demanda é muito forte e importante para as cadeias de suprimentos globais.

Embora o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, venha pressionando as empresas de frete ferroviário, grupos de transporte rodoviário e portos a aumentar sua própria capacidade e produtividade a fim de atender à demanda crescente. Os Estados Unidos são uma área de preocupação especial. Negociações marcadas para maio do ano que vem entre operadoras dos terminais dos portos de navios porta-contêineres da Costa Oeste dos Estados Unidos, a porta de entrada para produtos despachados da Ásia, e trabalhadores tende a se revelar fonte de novos transtornos dos serviços. Não se observa qualquer melhoria no momento. Se houver um congestionamento grave em julho, agosto e setembro de 2022 na América do Norte, ele poderá, talvez, durar até o fim de 2022 e começo de 2023.

As drásticas mudanças na demanda do consumidor durante a pandemia, desestabilização do transporte marítimo global e um setor aéreo combalido criaram a crise mais grave de vários anos das cadeias de suprimentos mundiais. Junto com a volatilidade da demanda do consumidor, o setor de transporte marítimo enfrentou as ausências de portuários devido à Covid-19 e a falta de caminhoneiros, que levam os produtos a seus destinos finais no interior dos países e devolvem os contêineres vazios, no Reino Unido, Europa e Estados Unidos. Embora os problemas da cadeia de suprimentos poderão extravasar para 2023 seja um dos mais pessimistas, muitos executivos do setor de transporte marítimo preveem que o ano que vem será caótico.

A quebra de cadeias de suprimentos está entre as principais preocupações das empresas, bancos centrais e investidores, por causarem escassez de produtos e aumentos de preços de artigos que vão desde alimentos para animais de estimação até brinquedos. O distúrbio contribuiu para aumentar os lucros da ONE, uma vez que as taxas que a empresa cobra para movimentar bens dispararam. Formada em 2017 para integrar os serviços das japonesas Kawasaki Kisen Kaisha, Mitsui OSK Lines e Nippon Yusen Kaisha, a ONE teve US$ 2,6 bilhões em lucros no segundo trimestre, mais de 15 vezes o resultado em igual período de 2020. Fonte: Valor Econômico e Financial Times. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.