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28/Out/2021

Caminhoneiros terão reunião com parlamentares

A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas vai realizar uma reunião pública nesta quinta-feira (28/10) na Câmara dos Deputados, como tentativa de evitar uma paralisação dos caminhoneiros. A reunião será estendida para os demais deputados e senadores, além dos 257 membros da frente. A reunião terá finalidade de buscar soluções pontuais para a categoria. A Frente alega que está organizando o encontro com o Legislativo diante do cancelamento da reunião da categoria com o governo que foi desmarcada pelo Palácio do Planalto. O objetivo da bancada é intermediar as pautas da categoria listadas na paralisação de maio de 2018. A Frente Parlamentar afirma que não é a favor de paralisação e sim de que haja diálogo em busca de soluções, para tanto, o convite é estendido aos representantes do Palácio de Planalto, ao Ministério da Economia e aos representantes da Petrobras.

Transportadores rodoviários autônomos e celetistas afirmam que vão paralisar as atividades em 1º de novembro, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria em prazo de 15 dias válido desde 16 de outubro. Lideranças dos caminhoneiros estarão presentes na reunião. A nota cita o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, entidades que estão organizando o movimento. São citados também o Sindicato dos Caminhoneiros de Três Cachoeiras (RS), representante dos caminhoneiros do Porto de Santos (SP), além de economistas e engenheiros da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Por outro lado, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) afirmou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que a entidade não respalda qualquer movimento grevista por parte dos transportadores autônomos.

Segundo a CNT, o governo garantirá a segurança nas estradas brasileiras. Com segurança, as transportadoras não irão parar e não haverá desabastecimento. Após a paralisação de 2018, a CNT por reiteradas vezes negou o envolvimento das transportadoras no movimento, afirmando que não defende greve. Diante de uma nova ameaça de greve dos caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, avaliou que o movimento deve ser similar ao que aconteceu em fevereiro deste ano, quando algumas ações isoladas da categoria foram identificadas e rapidamente contornadas. Ele afirmou ter certeza de que a iniciativa não irá causar transtornos para a sociedade e que essa é a 16ª tentativa de paralisação desde 2019. Todas as outras 15, o governo conseguiu evitar.

O ministro afirmou que a Pasta sempre trabalha para evitar a greve e que os avanços registrados para os transportadores nos últimos anos foram fruto de diálogo e não de paralisação. Ainda, trata-se de uma categoria muito difusa e a questão da representatividade é difícil de entender. Assim, não é possível agregar a categoria como um todo. Além disso, muitos confiam no diálogo. O Ministério da Infraestrutura mantém reuniões com lideranças importantes de vários setores. Nesta terça-feira (27/10), houve um encontro com representantes dos tanqueiros (transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo). O ministro afirmou ter saído confiante de que a paralisação programada não terá adesão desse setor. Para ele, a questão fundamental a ser resolvida é a organização da categoria, o que daria aos transportadores autônomos poder de barganha para negociar o frete.

O ministro afirmou que se a categoria não se organizar, terá muita dificuldade de sobreviver no mercado, pois há um excesso de oferta nas estradas. Ainda segundo o ministro, o problema dos caminhoneiros é a concorrência entre eles, pois alguns aceitam receber valores mais baixos pelo frete. Assim, eles mesmos acabam destruindo o valor de frete. Para Tarcísio de Freitas, a solução do piso mínimo de frete, adotado no governo Temer para cessar a greve de 2018, foi ruim para a categoria. Além disso, o ministro avaliou que o movimento, que parou o País há mais de três anos, gerou um enfraquecimento dos motoristas autônomos. Os autônomos perderam espaço e saíram enfraquecidos do movimento de 2018. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.