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27/Out/2021

COP-26: otimismo sobre o mercado de carbono

De acordo com o Citi, o Brasil mudou sua posição em relação às negociações sobre o mercado mandatório de carbono, que será discutido por 194 países do mundo a partir do mês que vem, em Glasgow (Escócia), durante a Conferência do Clima (COP26). O Brasil deve levar uma de suas maiores delegações para o evento e o governo tem enfatizado o desejo de discutir com os demais países para chegar a um acordo sobre a construção de um mercado internacional.

Na COP anterior, realizada em Madri e que contou com a participação do então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o Brasil foi apontado como um dos obstáculos a que se chegasse a um consenso sobre o tema. O Brasil tem uma das florestas mais importantes do planeta e conta não apenas com o risco de seu desmatamento, mas também de outros riscos ligados à diminuição da área verde. O mercado informal tem crescido e já estão em atuação pelo menos três agências verificadores de padrões de práticas sustentáveis.

O mercado voluntário tem crescido, porém, há ainda um longo caminho a percorrer na formação de preços. O viés muda, dependendo de como se olha para o problema, mas há boas razões para estar otimista, principalmente com a questão financeira. A Escola de Política e Estratégia Global da UC San Diego também mostrou uma perspectiva positiva sobre se chegar a parâmetros únicos na formatação de um mercado de carbono global.

Muitas pessoas acreditam no artigo 6º do Acordo de Paris, então é possível que se chegue a um consenso. Apesar do fracasso da COP anterior sobre o assunto, houve continuidade das discussões no âmbito diplomático desde então. Mais do que a construção de um mercado formal, há entusiasmo com as conversas paralelas que ocorrem à formatação dessa nova plataforma de trocas. Para além das negociações que poderão ser feitas entre empresas e governos, há também discussões mais avançadas sobre cooperação e colaboração entre os agentes.

A formação de preço é um ponto muito importante nessas discussões, mas não deve ser o único a ser monitorado. A questão sobre o uso de gás e seu futuro ainda é um ponto cego das discussões e que atividades como essa podem mudar a política e o apoio dos consumidores, e que o mundo está em transformação nesse sentido. Tem que mudar indústria por indústria, iniciativa por iniciativa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.